19 de abril de 2024

FAESP promove Fórum e lança Frente do Agro!

Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo investe na transparência e abre departamentos da entidade para a sociedade e Imprensa do setor

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) reuniram na capital paulista, no início de abril, durante um fim de semana, profissionais de várias empresas de comunicação para esclarecer em profundidade todos os serviços prestados pela entidade à sociedade paulista e brasileira. No sábado, os jornalistas visitaram o Instituto Biológico, criado há 96 anos por pesquisadores que desejavam combater uma praga no café. Uma área bem ao lado do Parque Ibirapuera, onde existe o maior cafezal em área urbana do mundo. O IB mantém unidades também em Campinas, Pindamonhangaba, Sorocaba, Araçatuba, Descalvado, Bastos, Ribeirão Preto e Votuporanga.

No domingo, um momento inédito. Cada líder dos departamentos de trabalho da Federação deu detalhes sobre as diretrizes estratégicas e como a nova diretoria atua junto aos produtores, sindicatos rurais e centros de pesquisa e fomento em nome da Produção, Comunicação e dos Negócios envolvendo o setor. Foram apresentações dinâmicas, com painéis envolvendo as atividades do Departamento Econômico, Jurídico, Agenda Global, SENAR SP, Agenda global 2030, CAESP, Sustentabilidade, Segurança do Homem do Campo, Inovação com foco na Inteligência Artificial e as ‘Semeadoras do Agro’. Por fim, a assessora de imprensa da Federação, Millena Machado, falou sobre as novidades do novo site da FAESP. E todos participaram de um almoço. O Presidente da FAESP, Tirso Meirelles (FOTO ACIMA), ainda tratou do lançamento da Frente Nacional do Agronegócio do Brasil. “Nós dominamos a produção nos trópicos nos últimos quarenta anos. E temos que produzir 40% de toda a comida adicional necessária para alimentar o planeta em 2050, quando seremos 10 bilhões de pessoas. Mas não podemos sofrer retaliações por parte de alguns países. Temos que defender os interesses do setor”, reforçou Tirso.

O Estado mais rico do Brasil é uma potência industrial. Mais de 30% do que o país fatura no setor. Mas São Paulo é, antes de tudo, uma locomotiva de produção do Agronegócio do Brasil há mais de três séculos. Café, cana, pecuária, avicultura, suinocultura, madeira, amendoim, frutas, legumes, verduras. Que envolve 344 mil propriedades rurais no Estado, movimenta um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 450 bilhões, e alcança R$ 159 bilhões de Valor Bruto da Produção Agropecuária. Com instituições que fazem Ciência e Tecnologia há mais de 150 anos. É o caso da FAESP e do SENAR, que defendem no total o interesse de produtores e 237 sindicatos rurais, além de levar assistência em crédito, saúde, treinamento e inserção social.  “Nossa luta é antiga, já tem 84 anos, na construção de um nome para a Federação, um legado de atendimento ao homem do campo. Para ele permanecer na área rural. O SENAR está em todos os municípios de São Paulo, fazemos parcerias com outras várias entidades”, afirmou Tirso Meirelles, Presidente da FAESP. “Esse evento histórico consagra todos os ótimos resultados obtidos por um belíssimo trabalho feito pelas equipes, pelo Sistema e no comando dedicado do Tirso Meirelles”, discursou Eduardo Luiz Bicudo, vice-presidente da FAESP.

O gerente do Departamento técnico e Econômico da Federação, Cláudio Brisolara, foi o primeiro a se apresentar e falou sobre as atividades desenvolvidas pela equipe multidisciplinar na elaboração de pareceres, pesquisas e projetos voltados ao agronegócio, além do banco digital de dados da entidade. “Temos muitos desafios e usamos um número gigantesco de informações o Agro paulista e nacional para balizarmos o nosso trabalho e as nossas metas”, ressaltou.

As advogadas Painel Ângela Gandra e Juliana Canaan (Senar – SP) atuam com o time que atua na análise de questões jurídicas envolvendo os produtores rurais e o campo. São licitações, contratos, documentação, gerenciamento de riscos, defesa do segmento com ações na justiça, negociação coletiva, além de performance no Direito lnternacional. “Vivemos um momento de grande insegurança jurídica no Brasil e precisamos ajudar os sindicatos, atendendo imediatamente diante de qualquer dúvida dos nossos afiliados”, adiantou Angela. “E, ao fim de tudo, sacramentar a segurança alimentar do Brasil e do planeta”, acrescentou Juliana. Outro ponto vital do trabalho do sistema FAESP – SENAR foi abordado em um painel com Jair Kaczinski, Gerente Técnico do Serviço, Mario Biral, Superintendente do Senar SP, e Sérgio Oliveira (Gerente Administrativo e Financeiro.

O Senar no Estado foi criado em 1993, atua em 645 municípios, inclui 210 sindicatos patronais, a FETAESP e três prefeituras, fazendo a coordenação dos cursos voltados à qualificação dos produtores e trabalhadores rurais, capacitação e promoção social, turismo rural, digitalização, artesanato, alfabetização, saúde no campo, cadeias produtivas, entre outros. Em 30 anos, foram 218 mil ações e atividades, com 5,5 milhões de certificados de treinamentos emitidos. A meta para 2024 é reunir quase 212 mil participantes, um investimento de R$ 250 milhões. “Estamos implantando um avanço significativo no Agro paulista. E a imprensa é importante para mostrar a capacidade do homem do campo na sociedade. Lutamos para que eles não vendam a propriedade. Eles têm direito à renda”, cravou Mario Biral.

Na perspectiva ambiental, o professor Carlos Nivan Maia, auditor federal de controle externo, falou sobre o Sistema FAESP – SENAR e as ações em sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da Organização das Nações Unidas (ONU). “A federação e os produtores têm uma grande importância na tarefa global de combater a fome e a pobreza. A sociedade fiscaliza a aplicação dos recursos que o sistema aplica em nome do homem do campo e seus familiares, verificando a ligação das atividades executadas com objetivo de desenvolvimento sustentável da ONU. E o Tribunal de Contas da União não encontrou nenhuma irregularidade ou falha nesta aplicação até a última verificação, divulgada no fim de março”, esclareceu o auditor. “A federação nunca esteve com saúde financeira tão boa. E é a única entidade representativa que tem as contas exibidas no Portal de Transparência”, completou o diretor financeiro Pedro Luchesi.

Outras apresentações enfatizaram o que é feito na direção do benefício dos sindicatos rurais, com Maria Lucia Ferreira, a representante do Sindicato Rural de Bananal e que faz a interface da Federação no apoio a agricultores e pecuaristas. Rogério Maluf, do Centro de Agricultura do Estado de São Paulo (Caesp), que coordena as parcerias de empresas fornecedoras de bens e serviços aos sindicatos. O tema Sustentabilidade, com o agrônomo José Luiz Fontes. A segurança do homem do campo com o Coronel da Polícia Militar Alberto Malfi Sardilli, que já comandou a Polícia Ambiental no Estado. “Temos uma política de segurança ao produtor rural, que garante inicialmente o direito à propriedade. Mas é mais. O homem do campo merece proteção para trabalhar sossegado em nome da alimentação mundial. E ainda tratamos de endereço das propriedades rurais e a prevenção a incêndios e queimadas. Sem falar na preocupação grave de controle populacional de espécies invasoras, como o Javali, que destrói as áreas de conservação, a produção da fazenda e outras espécies que vivem no meio ambiente”, reiterou Alberto Malfi.

Fechando as apresentações, o Coronel Carlos Alberto Demeterco abordou a inovação com foco na Inteligência Artificial e deu detalhes sobre o Centro de Tecnologia Rural que está sendo construído em São Roque (SP). “É uma área nossa, do Senar – SP, com 58 hectares, preservada, que fomenta atualmente diversas atividades para municípios da região, como criação de peixes, turismo rural, alimentos processados, etc. Serão 8 mil metros quadrados só de escola. Para 200 alunos por turno, salas de agroindústria, restaurante, sala de informática e auditório”, detalhou o Coronel.

O último painel privilegiou a comissão ‘Semeadoras do Agro’, criada em 2022 para estimular o empreendedorismo feminino no campo e coordenar as ações voltadas à saúde da produtora e trabalhadora rurais. “A mulher sempre esteve no campo. Mas precisamos destacar o protagonismo delas. Já promovemos 104 eventos, impactando quase trinta mil mulheres, de uma centena de municípios, e inúmeros sindicatos rurais em dois anos. Sem falar que conseguimos aumentar a participação feminina nos cursos do SENAR em São Paulo”, relatou Juliana Farah.

Ela ressaltou que os principais temas que balizam as atividades são autoestima, empreendedorismo e linhas de crédito existentes. E comemorou os resultados do Encontro Estadual de Mulheres do Agro, organizado em Lins ao lado de 1.200 mulheres. “Em 2024, pretendemos mais. Chegar a 90 eventos, 83 municípios, 75 sindicatos rurais e 12.500 mulheres reunidas. E realizar outro Encontro, em Ribeirão Preto, para mais de 2.500 mulheres. E estimular nossa campanha de informação e exame para detecção do câncer de mama. Já distribuímos quase mil materiais para os exames, por meio dos sindicatos rurais, com ajuda de prefeituras, secretarias de saúde e de políticas para a mulher, além da Organização Não Governamental Américas Amigas. Neste ano, vamos ampliar para três mil mulheres beneficiadas neste ano e estender o projeto para outas enfermidades”, revelou. “Tudo está funcionando muito bem no Sistema por causa do grande trabalho feito por todos os integrantes da equipe. Com a orientação segura e amiga do Presidente Tirso”,concluiu Marcio Vassoler, Presidente do Sindicato Rural de Tupã e Diretor da FAESP.

 

 

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