A agência de avaliação de risco S&P Global Ratings aumentou, ontem (19/12), a nota de crédito do Brasil de BB- para BB. Para Alexandre Gaino (foto abaixo), professor de economia da ESPM, a informação terá impacto direto sobre a perspectiva do risco do país e possibilitará atração de investimentos tanto no curto prazo quanto no longo prazo e aumentará as expectativas para a economia brasileira. “Essa perspectiva estável reflete que o Brasil manterá uma posição externa forte e alcancemos um grau de investimento como tivemos nos governos anteriores do presidente Lula”.
O especialista aponta que a decisão de elevar o rating agora foi motivada pela aprovação do arcabouço fiscal e da reforma tributária, mesmo que a implementação aconteça de forma gradual, mas resultará em ganhos de produtividade a longo prazo. “Há uma preocupação relacionada às concessões e as aberturas de negócios que o governo possa ampliar. Pois, a agência alerta para possíveis impactos negativos, a deterioração fiscal e um aumento da dívida pública, levando a reverter o movimento e rebaixar a nota do Brasil novamente. Há a necessidade do governo em fazer a lição de casa e ampliar essas concessões, para a melhoria do rating ter impacto positivo na atração de capitais de longo prazo”, conclui Gaino.
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