Evento em Belém reconhece o protagonismo científico da instituição e reforça o papel do Brasil na agricultura tropical sustentável.
A AgriZone – Casa da Agricultura Sustentável foi oficialmente aberta nesta terça-feira (11/11), na sede da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém (PA), durante a COP30, com a presença de autoridades, pesquisadores e representantes do agronegócio. A cerimônia destacou as contribuições científicas da Embrapa no enfrentamento das mudanças climáticas e na promoção de uma agricultura de baixo carbono, reafirmando o papel do Brasil como referência mundial em agricultura tropical sustentável.
A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, ressaltou o compromisso da instituição com a inovação e o desenvolvimento de tecnologias que conciliam produtividade e conservação ambiental. “Nada disso teria acontecido se não fosse a força desses empregados. A produção de alimentos é uma questão de paz mundial”, afirmou.
Silvia destacou que a agricultura brasileira vive um momento de transição que exige novas tecnologias e estratégias de adaptação. “A agricultura brasileira é parte da solução para as mudanças climáticas. Precisamos de mais pesquisa, de mais ciência”, disse.
Durante a abertura, foi lançada a publicação “Ciência para o Clima e Soluções da Agricultura Brasileira”, desenvolvida especialmente para a COP30. O material reúne estratégias, tecnologias e indicadores voltados à mitigação de emissões e à adaptação da agricultura tropical às novas condições climáticas.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou a relevância da Embrapa no cenário nacional e o protagonismo das mulheres na ciência. “A Embrapa é orgulho nacional e transformou a realidade da nossa principal atividade econômica do país: a agropecuária”, afirmou.
Também participaram da solenidade o secretário de Inovação do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Marcelo Fiadeiro, que ressaltou o papel da pesquisa na alimentação de um bilhão de pessoas em todo o mundo, e o deputado federal Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que reforçou o valor da Embrapa como base tecnológica da sustentabilidade no campo.
“Graças a esses técnicos, muitas tecnologias foram desenvolvidas e transformaram o Brasil num dos principais produtores de alimentos do mundo”, afirmou Rollemberg. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, destacou o impacto das pesquisas na erradicação da fome e na recuperação de áreas degradadas. “Recebemos a missão de tirar o Brasil do mapa da fome e isso não seria possível sem o conhecimento que o País tem por meio da Embrapa”, disse.
A secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Fernanda Machiaveli, reforçou a importância do evento como espaço de inclusão e debate. “A agricultura familiar não é a que emite, mas é a mais impactada. A Embrapa tem sido grande parceira em todos esses desafios”, afirmou.
Com mais de 370 atividades previstas, a AgriZone reúne demonstrações tecnológicas, painéis e vitrines de inovação voltadas à sustentabilidade e à bioeconomia, evidenciando que a ciência e a cooperação internacional são essenciais para o futuro do campo e do planeta.
