Conseleite, Sindileite e FAESC solicitam suspensão das importações do Mercosul e medidas fiscais emergenciais.
As principais entidades representativas da cadeia produtiva do leite em Santa Catarina — Conseleite-SC, Sindileite-SC e FAESC — divulgaram nesta segunda-feira (03/11) um comunicado conjunto pedindo ações imediatas do Governo Federal para conter a crise que atinge produtores e indústrias do setor em todo o país.
O documento, assinado por Selvino Giesel, presidente do Conseleite e do Sindileite, e por José Zeferino Pedrozo, presidente da FAESC, defende a suspensão temporária das importações de leite em pó e queijo muçarela do Mercosul por seis meses. A medida é considerada essencial para conter a desvalorização do produto nacional e aliviar a pressão sobre o mercado interno.
Segundo as entidades, o país enfrenta um excesso de oferta, resultado da produção recorde impulsionada por boas condições climáticas e pelo aumento das importações da Argentina e do Uruguai. Essa combinação, alertam, tem derrubado os preços pagos ao produtor e comprometido a rentabilidade das indústrias.
Entre as seis medidas emergenciais propostas estão:
- Auditoria imediata nos certificados sanitários e critérios de qualidade dos produtos importados;
- Compra pública de leite em pó e derivados por meio da Conab e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA);
- Harmonização dos sistemas de inspeção sanitária (SIF, SISBI, SIE e SIM);
- Revisão da carga tributária estadual, para garantir isonomia com outros estados;
- Fiscalização rigorosa da rotulagem dos produtos importados.
As entidades reforçam que o leite é um segmento estratégico para a segurança alimentar, o emprego e a economia nacional, e que o setor necessita de uma resposta rápida e coordenada do governo. “O país vive um cenário de excesso de oferta de leite… Essa combinação tem provocado forte pressão baixista sobre os preços, comprometendo a rentabilidade das indústrias e dos produtores rurais”, destaca o comunicado.
O Conseleite-SC afirma que as medidas propostas visam restabelecer o equilíbrio de mercado e evitar um colapso econômico no setor, que hoje sustenta milhares de famílias em Santa Catarina e em outras regiões produtoras.


