14 de novembro de 2022

Conacredi 2022: o crédito é desafio necessário!

Evento maior do segmento reúne 800 especialistas e garante: agro é crédito e mercado para 2023 em diante.

Temas desafiadores não faltaram para os profissionais que se reuniram no agradável e refrescante ambiente do Espaço do Bosque, em São Paulo, em novembro passado. Insumos caros no planeta inteiro, guerra na Europa, troca de presidentes no Brasil, inflação e crise de energia fustigando as maiores potências econômicas do Hemisfério Norte, avanço veloz da inteligência artificial, as exigências da sustentabilidade total nos negócios mundiais, além de todas as novas exigências do mercado ESG, sigla em inglês que congrega os valores da Governança, Sustentabilidade e Social.

Durante dois dias, o Congresso Nacional de Crédito no Agronegócio 2022 atraiu quase mil profissionais de duas centenas de indústrias de tecnologia, distribuidores de insumos, escritórios de advocacia e agFintechs que auxiliam com plataformas de informações o financiamento das fazendas brasileiras. Espaço com mais de 25 empresas patrocinadoras e apoiadoras, em 15 horas de conteúdo especializado, dentre mais de quarenta palestrantes e painelistas. Especialistas de renomadas empresas, como Bernardo Fabiani, especialista em concessão de crédito e CEO da Terra Magna; José Ângelo Júnior, Secretário-Adjunto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Fernando Almeida, gerente de Crédito e ESG Agro Amazônia; Daniel Kuratomi, Gerente de Relações com Investidores da AgroGalaxy; Pauliane Oliveira, advogada especializada em Direito do Agronegócio e Fundadora do Escritório SantOliveira Advogados; Antonio Carlos Ortiz, sócio da Agro School, que fez a palestra magna, e Kellen Severo, jornalista especializada em agronegócios e apresentadora da Jovem Pan News. 

Gente presente no Centro Empresarial da ‘Lapa de Baixo’, na capital paulista, ou ligadinha on-line. De olho em vislumbrar um cenário criterioso dos últimos acontecimentos nacionais e internacionais, que culminam nos impactos que eles levam ao chamado ‘Crédito Verde’. “O primeiro ponto é aproveitar todas as alterações que a gente fez na Lei do Agro, ampliando a utilização da Cédula do Produtor Rural (CPR), que permite fomentar tanto os produtores quanto a agroindústria. A gente também precisa aproveitar essa onda de crédito verde. Isso vai permitir um melhor aproveitamento para as atividades sustentáveis”, afirmou a advogada especialista em agronegócio Ticiane Figueirêdo. Ela também sacramentou que os estudos recentes mostram uma alta na procura por consulta jurídica em relação à tomada de crédito, às garantias, formalização de contratos, registro de CPR, cobranças jurídicas e extrajudiciais. “A nova Agenda Verde exige investimentos e crédito para o Agronegócio brasileiro”, referendou Pauliane Oliveira.

Um futuro promissor, mas desafiador. Não vai ser fácil encontrar soluções eficientes para as questões de dinheiro, financiamento, crédito. O limitadíssimo volume de recursos do Plano Safra, programa oficial do Governo Federal, não atende minimamente às demandas totais do segmento. Por isso, para atrair financiadores, temos que proteger o crédito agrícola com garantias, formalização de contratos, o registro de CPR e alternativas de segurança em tempos de alta tecnologia. “O crédito é um dos três pilares importantes da produção e dos insumos de que os produtores necessitam. A gente precisa de dinheiro para plantar. Aqui, no Conacredi discutimos justamente a segurança jurídica para que as empresas, os bancos e instituições financeiras tenham mais capital e tranquilidade para emprestar o dinheiro. Desta forma, a gente mantém a engrenagem da economia do agronegócio em movimento”, apontou a diretora do Conacredi, Mayra Delfino. 

O Congresso é esperado todos os anos pelos participantes, desde 2019, e cresce a cada edição. O evento de 2022 foi considerado um sucesso pelos organizadores, com número recorde de inscritos. O entusiasmo dos participantes provocou os organizadores a ampliarem o período do congresso. “Nas edições anteriores, foi apenas um dia de duração. Agora, estendemos para dois. É mais tempo para quem vai acompanhar as palestras, fazer networking e participar do workshop, que discute as questões práticas do setor”, explicou a diretora da Neway-e, Mayra Delfino. Para o ano que vem, a expectativa é de superar os 800 inscritos, com 550 participantes presenciais. O evento já tem data e local confirmados. Dias 7 e 8 de novembro, no 4º andar do Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. “O agro é um dos setores mais impactados por esse cenário de incertezas. É de extrema importância avaliar o cenário real de mercado com informações político-econômicas, avaliando os impactos e possíveis estratégias para um mercado em franco crescimento”, sintetizou Mayra Delfino. “A indústria está ciente da importância de levar a sustentabilidade total para a fazenda brasileira. As revendas estão se profissionalizando nesse sentido. E as cooperativas também sabem. A próxima etapa é fomentar o conceito e levar aos pequenos e médios produtores. E o papel da revenda é fundamental”, arrematou Daniel Kuratomi. 

 

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