Nesta sexta-feira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) confirmaram a presença do vírus da PSA em amostras de suínos coletadas no país caribenho. Trata-se, segundo o ministério, do primeiro registro da doença nas Américas desde a década de 1980. O ministério brasileiro garantiu também que “vem adotando as providências necessárias que a situação requer e já emitiu alerta para a atuação dos setores de controle de importações, da vigilância agropecuária internacional e dos serviços oficiais de saúde animal”.

A pasta informou ainda que reforçou as recomendações para vigilância em portos e aeroportos, “para assegurar que companhias aéreas e marítimas e viajantes obedeçam às proibições de ingresso de produtos que representem risco de pragas e doenças para a agropecuária”, conforme o diretor de Saúde Animal, Geraldo Moraes. Moraes destacou ser “fundamental” que suinocultores e agroindústrias intensifiquem os procedimentos de biossegurança nos estabelecimentos de criação, “especialmente sobre a entrada de animais, alimentos, insumos e visitantes, e notifiquem imediatamente quaisquer casos suspeitos da doença ao serviço oficial de saúde animal, para a pronta investigação”, alerta Moraes.

Também nesta sexta-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) manifestou, em nota, preocupação com a confirmação do foco na República Dominicana. “A ocorrência da doença disparou o alerta no setor produtivo de suínos do Brasil para a intensificação dos cuidados preventivos”, disse. Após a confirmação, a ABPA informou que “os rígidos procedimentos de biosseguridade adotados pelo setor produtivo foram atualizados e divulgados aos associados pela diretoria técnica, com foco especial na movimentação de pessoas intrassetorial”. Agora, a preocupação é com a exigência de quarentena para as pessoas que trabalham no setor produtivo e estão retornando ao País.

“Imediatamente após a divulgação da notícia, estabelecemos contato com o Mapa (Ministério da Agricultura) e iniciamos tratativas para a composição de medidas preventivas em portos e aeroportos, além das granjas, que são os principais pontos de atenção. O trabalho segue evoluindo em linha com o que o ministério já tem executado com sucesso”, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin.