Resultados reforçam a expansão da companhia no mercado de sementes, com avanço da carteira de pedidos, maior intensidade comercial da soja e crescimento expressivo nas demais culturas.
O terceiro trimestre de 2025 trouxe novos patamares de desempenho para a Boa Safra, que registrou o maior faturamento já alcançado em um 3T desde sua fundação. O período marca tradicionalmente o início do ciclo comercial de soja, intensificando entregas e dinamizando a receita — movimento refletido no salto de 56% na receita operacional líquida, que atingiu R$ 1,1 bilhão. A receita bruta chegou a R$ 1,2 bilhão, avanço de 58% sobre o mesmo trimestre do ano anterior.
O CEO da companhia, Marino Colpo, atribui o resultado ao ritmo consistente das operações e ao fortalecimento da proximidade com o produtor rural. “O terceiro trimestre deste ano foi marcado por um novo recorde de faturamento da Boa Safra. Esse resultado, junto à nossa carteira de pedidos recorde de R$ 862 milhões, reflete a resiliência e a regularidade nas entregas”, afirma. Colpo destaca ainda a importância do portfólio diversificado, que combina genética, logística e capilaridade.
O desempenho comercial reforçou também os indicadores de rentabilidade. O lucro bruto cresceu 51% no período, alcançando R$ 148 milhões, enquanto o EBITDA ajustado avançou 54%, para R$ 114 milhões. O lucro líquido teve expansão de 26%, somando R$ 68 milhões — efeito da alta de juros, de margens mais estreitas e da volatilidade das commodities.
Mesmo com a soja ainda respondendo pela maior parcela das vendas, totalizando R$ 1 bilhão em receita líquida e uma carteira de pedidos de R$ 862 milhões, a estratégia de diversificação mostra força crescente. As demais culturas — milho, sorgo, trigo, feijão e forrageiras — registraram aumento de 148% na comparação anual, enquanto os pedidos desse grupo avançaram 206%, alcançando R$ 101 milhões.
A qualidade das sementes permanece como um dos pilares centrais da empresa. “Conseguimos, pelo quarto ano consecutivo, manter um índice médio de germinação acima de 94% nas sementes de soja”, destaca Felipe Marques, diretor financeiro da empresa. Para ele, essa performance, aliada a um portfólio robusto e à presença cada vez mais próxima do cliente, garante a entrega de valor no campo.
O trimestre também foi marcado pelo fortalecimento da estrutura financeira. A companhia concluiu duas captações via CRA em 2025, com prazos longos e custo competitivo, encerrando o período com R$ 1,2 bilhão em caixa e aplicações financeiras, assegurando ampla liquidez para sustentar seu crescimento. Fundada em 2009 e listada na B3 desde 2021, a Boa Safra consolidou-se como uma das principais produtoras de sementes do país, com capacidade produtiva ampliada para 280 mil big bags e presença em todas as regiões agrícolas brasileiras.


