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Biofortificação é destaque da Embrapa na AgriZone da COP30, em Belém

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Tecnologia aumenta o valor nutricional das culturas e torna o agro mais resiliente diante dos efeitos das mudanças climáticas.

 

A Embrapa apresentará durante a COP30, em Belém (PA), um dos temas mais promissores da agricultura sustentável: a biofortificação de alimentos. A tecnologia, que aumenta os teores de vitaminas e minerais em cultivos básicos, será o foco do painel “Biofortificação – cultivos nutritivos e resilientes”, no dia 13 de novembro, dentro da programação da AgriZone, vitrine de ciência e inovação organizada pela Embrapa na capital paraense.

O debate será conduzido pela pesquisadora Marilia Nuti, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, e reunirá experiências de parceiros da América Latina e Caribe, apresentadas em vídeos bilíngues com legendas em inglês. A proposta é compartilhar os resultados de 20 anos de pesquisas e dez anos de aplicação prática junto a pequenos produtores familiares, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas.

“Além disso, a biofortificação garante o acesso a alimentos mais nutritivos, especialmente para populações vulneráveis que dependem de culturas locais para sua alimentação. Em resumo, a biofortificação é uma ferramenta importante para mitigar os impactos negativos das mudanças climáticas na produção de alimentos e na segurança alimentar”, afirma Nuti.

Na área de cultivos da AgriZone, o público poderá conhecer variedades biofortificadas de batata-doce, mandioca, milho e feijão-caupi, desenvolvidas pela Rede BioFort, coordenada pela Embrapa no Rio de Janeiro, em parceria com instituições de pesquisa de diversos estados. A iniciativa já inspirou projetos na Guatemala e no Panamá e parcerias com empresas privadas, como Beckmans Sementes e Guyana Rice Board.

Reconhecida pela FAO, a biofortificação já é aplicada em 41 países, beneficiando mais de 360 milhões de pessoas. A técnica também é considerada uma aliada contra os efeitos do aumento do CO₂ na atmosfera, que tende a reduzir nutrientes em plantas alimentares. Ao fortalecer a resistência das culturas a secas e altas temperaturas, contribui para uma agricultura mais resiliente e para o combate à fome.

A Embrapa também oferece cursos gratuitos de capacitação on-line sobre biofortificação para multiplicadores e agricultores familiares interessados em produzir de forma sustentável e agregar valor à renda rural. A AgriZone funcionará de 10 a 21 de novembro, das 10h às 18h, na sede da Embrapa Amazônia Oriental, próxima à Blue Zone da COP30. O espaço reunirá cerca de 400 eventos com foco em soluções de baixo carbono, gastronomia amazônica, cultura e experiências imersivas na floresta.

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