Pesquisadores, startups, empresas e investidores estão reunidos em Ribeirão Preto, durante dois dias, para debater como empresas e profissionais devem trabalhar em conjunto para perseguir projetos e soluções concretas em biotecnologias a favor da saúde humana e do agronegócio. É o Congresso Nacional 2º Biotech Agro-Health e 8º Rotas da Biotecnologia, organizados pelo escritório Bonilha Advogados, Supera – Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto, e Universidade de São Paulo (USP).
De forma inédita, o Biotech Agro-Health ocorre em parceria com Seminário de Rotas da Biotecnologia, evento tradicionalmente promovido pelo SUPERA Parque. A integração quer juntar esforços para promover a ciência como solução para os desafios contemporâneos, transformando pesquisas em aplicações práticas capazes de mudar a realidade e a vida de pessoas e variados setores.
A biotecnologia é parte essencial da bioeconomia e vem ganhando destaque como setor estratégico para o futuro do Brasil. Pode representar até 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2030, evidenciando o potencial de crescimento e impacto econômico dessa área. A abertura dos trabalhos foi conduzida por Alexandre Bonilha (1ª FOTO INTERNA), idealizador do congresso Biotech Agro-Health, presidente do Escritório Bonilha Advogados e da Comissão de Bioética, Biodireito e Biotecnologia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ao lado de Robson Amaral, do Supera Parque, e Patrícia Pretel, consultora em inovação e empreendedorismo do UpLab SENAI.
“O encontro é hoje uma das principais plataformas de conexão entre ciência, mercado e investimento no Brasil. O Seminário de Rotas da Biotecnologia já é um espaço consolidado de diálogo técnico, enquanto a Biotech Agro Health conecta ciência e negócios em um ecossistema prático e transformador. Ao unir os dois formatos, mostram que a ciência brasileira tem força para transformar o futuro,” falou Alexandre Bonilha.
A primeira apresentação coube a Rafael Della Giustina Leal, Chefe da Divisão de Ciência, Tecnologia e Inovação (DCTEC) do Ministério das Relações Exteriores. Ele detalhou todos os investimentos feitos pela área no Brasil e exterior e os projetos mais profícuos. “Precisamos transformar o paper em nota fiscal. Trabalhamos em parcerias com as nações mais adiantadas no quesito, na imagem internacional do Brasil, várias missões ao exterior. Aqui dentro também. Projetos como Orion, Sirius, Supercomputador Santos Dumont, Torre Atto na Amazônia. Investimos US$ 42 bilhões em pesquisa e desenvolvimento, temos a 14ª maior produção científica do mundo, porém temos que avançar em inovação e no ambiente de novas tecnologias’, analisou.
Na sequência, foi realizado o painel ‘NanoBioInvest: O futuro começa no invisível’. A programação conta com atividades científicas e intersetoriais, reunindo pesquisadores, startups, investidores e empresas para gerar colaborações e novos negócios. A agenda contém, ainda, trabalhos científicos visuais, mostrando estudos sobre novas moléculas bioativas, métodos de controle biológico e uso de microbiomas no solo, apresentados como soluções aplicáveis e que propiciam oportunidades para projetos com impacto direto na saúde, no campo e na economia. Além de mais palestras, onze painéis, oito mesas redondas, rodada de negócios e quatro apresentação de casos.
A cerimônia oficial foi realizada no início da noite, com autoridades e personalidades como Maurílio Biagi Filho, Presidente de Honra da Agrishow, e Francisco Maturro, da Rede Integração Lavoura, Pecuária e Floresta. Esta edição tem o apoio institucional da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (CAPES), e parcerias do Sebrae for Startups, Sebrae, Agência USP de Inovação (AUSPIN), SENAI e I2SP, UPLab e Secretaria de Inovação e Desenvolvimento do Município de Ribeirão Preto, além da organização da Oxford. A realização tem o apoio da Prefeitura de Ribeirão Preto, Bonilha Advogados e da Universidade de São Paulo (USP).