20 de março de 2024

Preço do leite ao produtor avança 4,5% em janeiro. Ufa! Riba Ulisses

O preço do leite captado em janeiro seguiu em alta pelo terceiro mês consecutivo e chegou a R$ 2,1347 o  litro na “Média Brasil”.
Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
O valor é 4,5% maior que o de dezembro do ano passado.
Mas 23,3% menor que o de janeiro de 2023, em termos reais.

O aumento continua atrelado à menor produção no campo.
E à disputa entre os laticínios e as cooperativas por fornecedores.
O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea caiu 1,85% de dezembro para janeiro.
No acumulado dos últimos três meses (de novembro/23 a janeiro/24), a captação recuou 4,1%.

De um lado, a seca e o calor são fatores que têm influenciado negativamente a produção desde setembro do ano passado.
Por outro lado, as margens espremidas dos pecuaristas desde o último semestre causaram redução de investimentos dentro da porteira, reforçando o cenário de oferta limitada neste momento.

O Custo Operacional Efetivo da pecuária leiteira na “Média Brasil” ficou estável em janeiro.
O poder de compra do produtor frente ao milho melhorou.
Porém, a relação de troca se mantém acima da média dos últimos 12 meses.

O ritmo de investimento no campo ainda se mantém lento, o que deve limitar a recuperação da oferta.
Por isso, a expectativa dos agentes de mercado é de que as cotações do leite cru continuem em elevação nos próximos meses.Ao mesmo tempo, as importações de lácteos continuam sendo um tema delicado no setor. Apesar de terem recuado 13% em fevereiro, o volume adquirido do mercado internacional (185 milhões de litros em equivalente leite) ainda é 18,9% maior que o internalizado no mesmo período do ano passado.
As exportações brasileiras de lácteos, por outro lado, subiram expressivos 106,7%, mas ainda representam menos de 10% do volume importado.

Ufa!
Um sol surge no horizonte do produtor de leite brasileiro.
Um alimento maravilhoso.
Que dá um trabalho horroroso para produzir.
E que o consumidor urbano não reconhece nem de longe.
Só reclama na frente das gôndolas dos supermercados.
Seria melhor para a saúde do comprador urbano se gastasse menos com o celular e mais com o leite.

Canal AgroRevenda

 

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