2 de abril de 2012

Ceará é o 1º estado do país a receber o Cultivida

O Cultivida, criado pela fabricante de agroquímicos Ihara, realizou nos dias 24 e 25 de março a primeira ação do projeto, na cidade de Guaraciaba do Norte (CE). O município foi escolhido pelos organizadores do Cultivida, pois boa parte dos habitantes vive da agricultura, especialmente na produção de pimentão, tomate e pepino.

“Para o Ceará receber o primeiro evento do Cultivida é muito importante, pois eleva a importância da produção agrícola no estado. Este projeto é muito importante, pois reforça a importância dos produtores serem conscientes no uso dos agrotóxicos para o cuidado com a saúde de toda a família”, afirma o representante no evento da Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Ceará, Walter dos Santos Sobrinho.

No dia 24 de março, cerca de 80 pessoas, entre agentes de saúde, enfermeiros e médicos da região foram treinados pelo toxicologista da Unicamp, Angelo Trapé, para realizar monitoramentos, diagnósticos e encaminhamentos corretos de casos de contaminações e intoxicações por parte da população.

O evento contou com o apoio da unidade do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), que acompanhará o trabalho dos agentes de saúde treinados pelo Cultivida. “O projeto chegou em boa hora na região. Nós temos muita dificuldade na coleta de dados, pois a maior parte deles não condiz com a realidade dos oito municípios que atendemos. Essa iniciativa do Cultivida vai nos ajudar a catalogar os dados relativos a saúde dos produtores na situação real da região”, ressalta a coordenadora do Cerest Regional de Tianguá (CE), Karla Ribeiro Monteiro Portela.

No dia 25, mais de mil pessoas, entre produtores rurais e suas famílias, participaram de um dia dedicado à saúde do trabalhador, da mulher e da criança, assistiram palestras sobre orientações para aplicação de boas práticas agrícolas e participaram de atividades culturais.

Durante o dia os participantes receberam orientações quanto ao uso de EPIs e aplicação correta de agroquímicos no campo. Além disso, foram selecionados 100 produtores que têm contato direto com os agroquímicos para passarem por entrevistas a fim de identificar possíveis casos de contaminação. Esses mesmos produtores foram submetidos a exames de sangue que identificaram a possível presença de toxinas no organismo.

O produtor José Gerardo Coelho foi um dos selecionados para a entrevista e ressaltou a importância do projeto para a saúde dos agricultores. “Trabalho há muito tempo no campo e faço uso de agrotóxicos nas minhas plantações, mas nunca havia passado por um exame como esse. Para mim este evento é muito importante, pois nos ensina como se proteger e cuidar melhor da nossa saúde”, comentou Coelho.

Para o produtor José Bonifácio Martins, o evento foi muito importante para a conscientização quanto à importância do uso do EPI. “Costumo não usar o EPI durante a aplicação dos agrotóxicos por falta de hábito. Depois de hoje vou passar a usar, pois entendi que eles protegem a minha saúde. Além disso, vou passar um bom exemplo ao meu filho”, disse.

Para os organizadores do evento, a ação em Guaraciaba do Norte foi acima das expectativas. “A presença de mais de mil pessoas no evento garantiu o sucesso desta ação e também mostrou a importância do projeto para os produtores. Nosso objetivo em Guaraciaba do Norte era levar informações à população do campo e com isso conscientizá-los e prevenir casos de intoxicação na região”, explica um dos coordenadores do Cultivida, Afonso Matsuyama.

No dia seguinte ao evento, como fruto do trabalho realizado na cidade, os produtores se mostraram conscientizados. Segundo os proprietários da loja Agrofértil Camelo, um dos parceiros do Cultivida na região, muitos deles já adquiriram os EPIs, buscando a proteção no campo.

Sobre o programa
O Cultivida é um projeto de visibilidade nacional que envolve uma ação conjunta com a sociedade para acabar com acidentes ocupacionais ocasionados pelo uso de agroquímicos. Conta com a participação ativa da Academia, da sociedade, de autoridades e do Ministério da Agricultura, além da iniciativa privada que está investindo R$ 2,8 milhões nesse projeto.

O programa terá duração de no mínimo cinco anos e passará por quase 70 municípios diretos das regiões Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil, além das cidades indiretamente alcançadas através do deslocamento de produtores regionais.

Fonte: Attuale Comunicação

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