23 de fevereiro de 2023

O Senado e a tal ‘insegurança alimentar’! Por Riba Ulisses

Ainda não foi marcada a primeira reunião no ano da Comissão de Agricultura (CRA) do Senado Federal.
Este é considerado o principal espaço da casa para discutir um tema que causa bastante controvérsia no Brasil: insegurança alimentar.

Não existe unanimidade sobre o assunto.
E sobram exageros.

Quem fez oposição ao Governo Bolsonaro grita que o país voltou a figurar no Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
E repete que a FAO indica mais de 60 milhões de brasileiros sem garantia do que comer.
Segundo essa turma, a situação se agravou durante a pandemia de Covid-19 e ainda não houve recuperação.

Porém, a briga política ainda produz os esquizofrênicos.
Gente que aponta um tal estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan).
A Rede desconhecida crava que mais da metade da população brasileira (58,7%) convive com a insegurança alimentar em algum grau.
Isto seria mais de 103 milhões de brasileiros.

É de doer, não?

Vamos lá:
A pandemia foi um problema grave.
Quem não era privilegiado, como servidores públicos e políticos com mandato, por exemplo, ficou sem salário durante meses.
Só que esses trabalhadores foram para as esquinas, sim, mas para vender bala, pano de prato, paçoquinha, pedir dinheiro.
O governo Federal distribuiu dinheiro à rodo para milhões de miseráveis e desempregados.
E municípios do Brasil inteiro fizeram ações para ajudar essas pessoas.

Quero lembrar que no início do primeiro governo do Presidente Lula, foi criada uma tal comissão contra a fome, liderada pelo Betinho.
Dois anos depois, acabou sendo fechada porque descobriram que o problema de faltar comida para quando a pessoa está com fome não tinha gravidade.
Nem de longe a cantilena apregoada de milhões e milhões de esfomeados.

E porque não?
Porque existem inúmeras iniciativas de levar comida barata para os mais necesitados.
A Rede Bom Prato, em São Paulo, por exemplo, oferta almoço a R$1,50.
Qualquer pedinte ou vendedor de esquina nas grandes cidades tira pelo menos vinte vez mais.

Existem ainda, hortas municipais e comunitárias, salário desemprego, programas federais como PIS-PASEP, restaurantes populares, a merenda escolar das escolas públicas municipais e estaduais para alimentar as crianças, resgate emergenciais do FGTS, bolsa família, etc. etc.

Antes que falem do aumento de indigentes nas ruas, as cidades e a sociedade levam comida para eles todo santo dia.
E a maioria deles se recusa a aceitar ajuda como ir dormir em albergues, tomar banho e se alimentar.

Logicamente, existem famílias que vivem com muita dificuldade.
Mas o que elas precisam é de economia vigorosa, crescendo, com empregos, sem interferências do Estado, o fim da CLT, segurança jurídica, uma reforma que facilite o pagamento dos tributos (diminuição de impostos é uma quimera!), o fim da estabilidade no emprego de barnabés, um corte vigoroso nos gastos do Executivo, Legislativo e Judiciário.

Essas medidas colocariam muito mais comida na boca de brasileiros.
Aliás, uma tarefa que já é realizada pelo Agronegócio verde & amarelo com muito sucesso.
Safras recordes, investimentos, que ajudam a economia do país e baratearam substancialmente os alimentos.

Isso mesmo!

O preço de comer no Brasil é um dos mais baixos do mundo.
Mas graças ao trabalho, ao empreendedorismo do segmento.
E com o auxílio, sim, de governos do passado.
Mas com administrações que apoiaram com crédito e o trabalho espetacular de institutos de pesquisa.
Não com presidentes que chamam os produtores rurais de fascistas e passam a mão na cabeça de bandidos que invadem propriedades produtivas e quebram laboratórios de pesquisa.

Infelizmente, a pauta da CRA desde o início do ano lida com debates e temas totalmente defasados.
Como reforma agrária, maior produção da agricultura familiar e incentivo à produção de mel.

Será que essas pessoas não entendem que o Agronegócio e o Governo Federal do Brasil já fizeram Reforma Agrária?
Que o Agro barateia os alimentos há 50 anos, com Ciência e aumento da produção e da produtividade?
Que a fazenda brasileira tem inúmeros projetos de incentivo à polinização?

A CRA tem 17 membros titulares e 17 suplentes.
Não mantém nenhuma subcomissão em funcionamento atualmente.
E tem o objetivo de discutir questões ligadas à agricultura, pecuária e ao abastecimento interno; projetos relacionados à reforma agrária e política fundiária; fiscalização sanitária animal e vegetal; uso e conservação do solo e de recursos hídricos,; trabalho e renda no campo, e ensino rural.

Quando fizer a primeira reunião de 2023, a CRA vai eleger e empossar presidente e vice-presidente.
O encontro ainda não tem data para ocorrer.
Em 2021 e 2022, o presidente da Comissão foi Acir Gurgacz, de Rondônia.

Se essa reunião sair, que a CRA trate de desafios mais adequados à economia brasileira ao moderníssimo Agronegócio do país.

 

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