16 de fevereiro de 2021

Defensivo é sinal de comida no prato! Por Riba Ulisses

Os dados são oficiais.
Em 2020, foram registrados 399 defensivos químicos para proteção de cultivos.
Menos do que os 433 insumos químicos registrados em 2019.
O contrário do que afirmam muitos veículos de comunicação.

Não houve recorde, nem aumento no número de registros de defensivos agrícolas químicos em 2020.
Na verdade, houve redução de 8%.
Os dados são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

O que a sociedade precisa refletir é se é bom ter menos registros de agroquímicos aprovados para a agricultura do país.
A resposta é: não necessariamente.

Foi a primeira redução na quantidade de químicos liberados desde 2015.
Mas ela não deve ser comemorada.
Existe uma necessidade urgente de novas tecnologias para combater pragas e doenças com eficiência.
Só assim o Agro consegue evitar a redução da produção de alimentos.

O que houve na verdade no ano passado foi um belo aumento nos registros de produtos biológicos.
94 liberações.
Em 2019, foram 40.
Um crescimento de 135%.
Que comprova o aumento de produção e uso dessa classe de produtos, que se enquadram nos parâmetros do Plano Nacional de Bioinsumos, lançado no ano passado exatamente para estimular a produção biológica.
Os primeiros resultados comprovam que a iniciativa teve resultado.

A desinformação ou a má informação são extremamente prejudiciais para a agricultura brasileira.
Os defensivos agrícolas combatem insetos, fungos, doenças e ervas daninhas, que podem comprometer o acesso da população aos alimentos.
Sem esses insumos essenciais, o Brasil poderia perder 100 milhões de toneladas de grãos por ano.

Os números de registros de defensivos de 2020 escondem outros detalhes.
A maioria dos químicos aprovados já está em uso no mercado.
São apenas genéricos.
Só 15% são novas soluções.

Os produtos demoram mais de cinco anos na fila de aprovação.
Alguns, até oito anos.
O governo federal tenta melhorar a produtividade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do próprio MAPA.
Logicamente, sem perder a rigorosa avaliação de todos os produtos.
Mas o Brasil ainda é pelo menos duas vezes mais lento neste processo do que os europeus, os asiáticos e os norte-americanos.

É preciso vencer o preconceito em relação aos insumos químicos.
Eles ajudam a produzir mais alimentos e são essenciais para colocar comida na mesa das pessoas.

Canal AgroRevenda

 

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