26 de setembro de 2020

Todas as carnes do Brasil exportador! Por Riba Ulisses

O assunto é CARNES.
Produzimos quase trinta milhões de toneladas por ano.
As três maiores são a bovina, suína e a de frango.
Só elas respondem por uma produção de 27 milhões de toneladas, sendo que aproximadamente sete milhões de toneladas são vendidas para mais de 150 países.
Somos os maiores do mundo no mercado externo com a carne bovina e a de frango e o quarto na carne suína.

Em 2020, estamos acompanhando algumas novidades interessantes envolvendo as três principais proteínas.
Neste ano, a carne bovina superou o frango na receita cambial.
Receita cambial é a quantidade de dólares que entra no país pela venda de produtos no mercado internacional.
A proteína vermelha atingiu 48,3% do total das três carnes, quase a metade, atropelando as granjas de aves, que despencaram para 36,1% do total.
Foi uma inversão completa.
A participação do frango recuou quase 20% enquanto a carne bovina aumentou mais de 13%.
E a carne suína vem correndo por fora, graças ao ótimo desempenho em 2020, aumentando quase 9% sobre o ano passado.
Quinhentos milhões de dólares a mais.
O boi contribuiu com um acréscimo de um bilhão de dólares.
Já o frango arrecadou seiscentos milhões de dólares a menos.

Esses números não trazem nenhum demérito à balança comercial brasileira das carnes.
São apenas aspectos de um mercado internacional em mudança.
Aliás, nada fica igual na nossa vida.
No universo, no casamento, na escola, no trabalho, no condomínio, no motor do nosso carro, na pele do nosso rosto.
No mercado mundial de comida também não.
Neste ano, o planeta procurou como nunca nossa carne bovina e nossa carne suína.
Principalmente, a China.
O gigante vermelho sofre com a Peste Suína Africana nas granjas e precisa comprar carne bovina e suína para alimentar os cidadãos das grandes cidades, que compram nos supermercados, comem nas lanchonetes, nos restaurantes, nas escolas, no avião, nos trens, nos navios.
São as proteínas mais valorizadas no mercado internacional.

A nossa carne de frango continua imbatível nas vendas externas, mas vive uma concorrência mais acirrada e custa mais barato por tonelada embarcada.
Para ela, volume maior é escala, mais dinheiro no bolso, clientes mais fiéis, sobrevivência de mercado.
Mesmo com menor contribuição do frango, a receita cambial das carnes supera os onze bilhões de dólares por ano.

E a nossa competência não para aí.
Somos o maior exportador mundial de perus, o quarto maior produtor de tilápia e ainda brilhamos com o Tambaqui e o Panga.
Vendemos carne de cavalo para França, Bélgica e Itália.
São quinze mil toneladas por ano.
E ainda comercializamos camarão, carne de jacaré, carne bovina em lata, faisão, perdiz, javali, carneiro, codorna e rãs.

Quer mais?
Também fornecemos bile de bovino congelada, pé de frango e cérebro, diafragma, medula, testículo, pulmão, tendões e ligamentos de bovinos.
Não tem para ninguém!
Temos clima, solos, tecnologias, gente com capacidade.
Respeitamos o meio ambiente, a vida animal, os trabalhadores, as comunidades, o uso racional de medicamentos, produtos químicos, embalagens.
Usamos o manejo integrado para manter a biodiversidade de solos e do ar.
Inventamos a integração para produzir mais e utilizar menos terras.
E ainda inventamos produtos que fazem produzir mais a partir de materiais da própria natureza.
Assim, vendemos para quase duzentos países e damos de comer a quase um bilhão de pessoas no planeta inteiro.

 

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