8 de agosto de 2020

O exemplo que vem do Suíno! Por Riba Ulisses

O Bem-estar animal e a produção de biogás nas granjas de suínos.
Duas estratégias que trazem vários benefícios ao negócio, à comunidade, cadeia produtiva e economia brasileira.
As perspectivas para a suinocultura do Brasil em 2020 são excelentes.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) aguarda um crescimento de até 5% na produção nacional da proteína e exportações de até um milhão de toneladas.
Os números são um reflexo de mercado já consolidado, principalmente na região Sul do país.

O cuidado com a sanidade dos animais e o processo de criação durante o ciclo de produção dos suínos tornou-se um critério decisivo na relação entre os produtores e a indústria.
Quer saber como?
Vamos conferir o exemplo da suinocultura Elsbeth Cornelia Verburg, de Arapoti, no Paraná, que também produz leite.
Ela diz que o grande desafio dela na atividade é proporcionar o máximo de bem-estar ao animal.
Conta que não é um objetivo fácil de alcançar, mas garante a qualidade do produto que chega ao consumidor final, que está ainda mais exigente sobre a origem e a forma como esses animais são criados.
Elsbeth faz aproximadamente 480 suínos por ciclo e fornece para a Alegra, indústria de alimentos de Castro, também do interior do Paraná.

Em 2017, a Alegra obteve o reconhecimento internacional de práticas de bem-estar animal no abate, com a certificação World Quality Service, a WQS.
A criadora mantém o cuidado com os suínos e também utiliza os resíduos como combustível para a produção de biogás.
E foi a própria indústria que desenvolveu o projeto.
A Alegra construiu uma usina ao lado da fábrica, num terreno com 10 mil m².
Foram investidos quase R$ 14 milhões.
E surgiu um novo negócio, a Energik, ligado à Unium, integração entre as cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, que também conta com a participação da Alegra.

A usina transforma vinte toneladas de resíduos por dia para o biodigestor, que possui um tanque de 28 metros de diâmetro e 8 metros de altura.
Só com esse processo, a cadeia de integração economiza R$ 1,5 milhão por ano, valor que era gasto para encontrar um destino para os resíduos das granjas.

Um tremendo de um negócio para a dona Elsbeth, que se livra dos resíduos e ainda recebe cotas de energia limpa para ter ligações elétricas na fazenda.
Para a indústria também, que recebe carne produzida com bem-estar animal e de propriedades que cuida bem do meio ambiente.
Para o consumidor, que come um alimento que nasce em áreas que respeitam os animais, não poluem o ambiente e ainda produzem energia sem apelar para as Hidrelétricas, termoelétricas, usinas nucleares ou qualquer outro meio que penalize as áreas verdes.

Uma prova de que a suinocultura do nosso país torna toda a cadeia produtiva mais inteligente, sustentável e inspiradora a cada dia que passa.
O Radar Agro vai falar muito mais sobre iniciativas como essa.
Que orgulham o Brasil e merecem reconhecimento do mundo.
Principalmente daqueles que só denigrem o Agro do Brasil, lá fora e aqui dentro de nosso quintal.
O Radar Agro registra o feito e dá os parabéns para profissionais tão competentes.

Canal AgroRevenda

 

Papo de Prateleira

 

Newsletter

Receba nossa newsletter semanalmente. Cadastre-se gratuitamente.