A Tarpon anunciou que está entrando no setor de bioinsumos, com a compra da Agrivalle.
O investimento é de R$ 160 milhões, um recorde neste setor.
A Tarpon quer aumentar a produção, ganhar mercado no Brasil e exterior e faturar um bilhão de reais em cinco anos.
Bioinsumos é o nome dado ao uso de elementos naturais da natureza para aumentar a produtividade e combater pragas e doenças.
Além de ter um impacto sustentável para o meio ambiente, essa solução também tem se mostrado eficiente no controle de pragas.
Sempre usado em combinação com os produtos químicos.
O biocontrole vai representar de 20% a 50% do mercado global de defensivos agrícolas.
É um segmento que cresceu 33% nos últimos três anos e pode ficar quatro vezes maior nos próximos 10 anos.
Tanto que ganhou um Programa Nacional lançado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento recentemente, como um marco na terceira onda da agricultura brasileira.
A Agrivalle entrou nesta onda há dezessete anos e se tornou uma das cinco maiores companhias do mercado brasileiro de biológicos.
Possui uma fábrica em Salto, interior de São Paulo (SP), e produz biofertilizantes, bioestimulantes e controle biológico, com portfólio para cereais, culturas perenes e hortifrutis.
Tem nove dos 32 organismos registrados no Brasil e 10 processos de patente em andamento.
A Tarpon Investimentos é uma das maiores gestoras especializadas em controlar grandes empresas.
Marcelo Lima, sócio da Tarpon, afirma que o negócio é promissor porque está no setor de agronegócios e atua na área com impacto sustentável positivo.
O objetivo é bem ambicioso.
Faturar um bilhão de reais até 2025.
O CEO da companhia, Antonio Maia, diz bem mais.
A corporação quer avançar na América do Sul, nos Estados Unidos e na União Europeia.
Aumentar em até oito vezes a produção atual.
Investir 5% do faturamento anual em Pesquisa e Desenvolvimento.
E manter os olhos abertos para novas compras e parcerias.
A Tarpon está se reorganizando exatamente para esses novos passos.
Agora é SK Tarpon.
Um guarda chuva que deu origem a unidades gestoras independentes.
Cada uma para cuidar de um setor diferente.
A área de Agronegócios e alimentos será conduzida pela nova 10b Gestora de Recursos, que inclusive está em fase de credenciamento na Comissão de Valores Mobiliários e Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.
Vai por dinheiro em empresas públicas e privadas, em diferentes estágios de desenvolvimento, com soluções inovadoras.
Em toda a cadeia de valor do Agro, da porteira ao prato do consumidor.
Outros investimentos farão parte do sistema SK Tarpon.
Caso da Kepler Weber, com foco no pós colheita, a maior empresa de armazenagem do Brasil.
E a OnFarm e Ideagri, duas empresas de tecnologia com soluções inovadoras para a pecuária.
Tudo com o propósito de gerar rentabilidade para o produto.
Com inovação, tecnologia, segurança e sustentabilidade.
Assegurando um impacto positivo na sociedade e no ambiente.
São planos grandiosos.
E milionários.
E imaginar que tudo isso vem ganhando corpo em plena pandemia da Covide-19.
Só podia ser o Agronegócio.
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