28 de junho de 2020

De novo, a soja, a super proteína! Por Riba Ulisses

A soja, também conhecida como feijão-soja e feijão-chinês, é uma planta pertencente à família Fabaceae, que compreende também plantas como o feijão, a lentilha e a ervilha.
A palavra “soja” vem do japonês shoyu.
A planta é originária da China e do Japão

O grão avançava por campos de cultivo dos Estados Unidos, Brasil e Argentina timidamente na virada desde século.
Uma oleaginosa vital para óleos e ração de animais de produção, mas não passava de mais uma commodity, como outra qualquer.
Até que chegaram os anos 2000, a China entrou para a Organização Mundial do Comércio (OMC) e começou a fazer compras pesadas de produtos agrícolas, espalhando riqueza em cada canto deste planeta.

Até mesmo em nosso país tropical, comandado na época pelo ex-torneiro mecânico e ex-sindicalista, Luis Ignácio.
O preço em dólar quase quadruplicou e nunca mais saiu do patamar que alcançou.
A soja invadiu o Cerrado inteiro e subiu o mapa em direção ao Norte e importantes áreas do Nordeste.

No mundo, o aquecimento das transações motivou novas e importantes áreas na Argentina e Ucrânia.
O Brasil tornou-se o maior exportador e neste ano deve assumir a liderança na produção.
Em plena pandemia da Covide-19, a soja sobe de preço sem parar.

Em Chicago e em Sorriso.
E promete brilhar ainda mais no comércio internacional, na virada de 2020 para 2021.

A safra colhida no Brasil no início do ano já foi praticamente toda vendida e a que ainda nem foi semeada já comercializou 40% do total estimado de colheita.
Em muitas regiões, o mercado interno já paga melhor do que na exportação.
As compras de soja brasileira pela China em maio atingiram o maior volume em dois anos.
Os números são da Administração Geral de Alfândegas chinesa.
Importações de 8,86 milhões de toneladas em apenas trinta dias.

O número representa 94% de todas as compras feitas pelos chineses em maio.
Nada mais do que 41% a mais do que maio de 2019 e quase 50% a mais do que em abril passado.
Em 2020, já são 60 milhões de toneladas.

Agora, começa uma fase diferente, mas já característica no mercado internacional.
As importações chinesas dos Estados Unidos em maio foram de apenas quinhentas mil toneladas.
Porém, com a oferta de soja cada vez mais ajustada no mercado brasileiro, a tendência é que o gigante asiático busque cada vez mais o grão ianque.
A estimativa é de que eles comprem, de outubro deste ano a janeiro do ano que vem, de 25 a 30 milhões de toneladas para ficarem bem abastecidos.
Basicamente, tudo para dar comida a um plantel gigantesco de suínos.
Os chineses, em condições normais, produzem quase 55 milhões de toneladas só de carne de porco.

Com um planeta cada vez mais populoso, principalmente na Índia e na maioria dos países do sudeste da Ásia, a soja, um esplendor de proteína, um alimento energético como poucos, vai permanecer em forte crescimento.
Outra boa notícia para o agronegócio verde e amarelo.

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