21 de junho de 2020

2020 de pandemia e do Boi Brasil! Por Riba Ulisses

2020, o ano que, apesar de uma hecatombe mundial histórica, vai ser positivo para a pecuária de corte do Brasil.
O cenário de incerteza econômica para todos os países é o pior desde os anos 1930, depois da quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque.
Naquela época, milhares de investidores tinham milhões em ações que passaram a valer… NADA.
Empresas faliram do dia para a noite, pessoas se mataram, a produção agropecuária ficou totalmente desvalorizada, o desemprego explodiu.
Um drama que durou quase seis anos.
E inverteu o eixo produtivo do planeta inteiro.

No Brasil, saíram de cena os barões do café.
E começaram a surgir milhares de empreendedores urbanos, atuando com óleo, tecidos, móveis, calçados, inúmeros produtos.
Em variados centros importantes, como São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.
Era o início do adeus ao Brasil rural.

Agora, é a Covide-19.
E um planeta inteiro de joelhos.
Mas, dificilmente, vamos demorar tantos anos para se recuperar.
Os tempos mudaram, a tecnologia avançou demais, a estrutura da economia mundial é muito mais complexa, logo, logo, uma vacina e remédios vão ser finalizados para combater o novo coronavírus.

Mas 2020 certamente é um ano perdido falando de economia globalizada.
Mas não para o Boi Brasil.
Já estamos quase virando o semestre, a pandemia se faz presente há mais de três meses e a arroba bovina segue com preços firmes e as exportações não param de quebrar recordes.

O consumidor brasileiro diminuiu um pouco as compras, mas os embarques internacionais compensaram como nunca.
E o país permanece abrindo novos destinos.
A oferta de animais terminados diminuiu bastante nos últimos meses e a histórica combinação baixa oferta com grande procura funcionou à perfeição.

E as perspectivas para o segundo semestre são ótimas.
O trabalho realizado pelos frigoríficos para manter a cadeia rodando foi fundamental.
As empresas fazem testes cotidianos em todos os funcionários.
Se alguém estiver com a doença, é afastado e recebe todas as orientações e o respaldo necessários.
É o que garantiu a operação da indústria de proteínas brasileira, bem ao contrário do que ocorreu nos Estados Unidos.
Mesmo com a pressão sem sentido de muitas prefeituras, do Ministério Público e da Justiça de nosso país.
O brasileiro sempre teve carne para comprar em supermercados e açougues.

E os produtores trabalham cada vez mais com o boi que é mais interessante ao consumidor e ao frigorífico.
Animais mais jovens em fazendas intensificadas.
O pecuarista precisa investir no produto que o consumidor do Brasil e do mundo quer.
Afinal, a indústria processa apenas o que a dona e o dono de casa querem.
Estejam no país em que estiverem.

É uma bela lição para toda a cadeia do Agronegócio verde e amarelo.
O setor vai bem, mas não pode desgrudar o olho de questões fundamentais.

O impacto em preços e mercados.
A lentidão e escassez nas cadeias de suprimentos.
A saúde dos produtores e de suas famílias.
As eventuais baixas na força de trabalho.
A segurança para os trabalhadores e a falta de equipamento de proteção individual.

O Produto Interno Bruto brasileiro recuou 1,5% no primeiro trimestre deste ano.
A agropecuária, ao contrário, cresceu 0,6%.
Viver, trabalhar, sobreviver e perseverar nunca foi tão necessário aos brasileiros.

 

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