18 de junho de 2020

VBP de 12,4% em 2020? Certeza? Por Riba Ulisses

Valor Bruto da Produção.
O VBP.
O índice que mede o faturamento total da atividade agropecuária “da porteira para dentro” das fazendas brasileiras.
sto é, a riqueza gerada em milhões de propriedades rurais do país.
De todas as áreas.
Do leite às carnes.
Da madeira ao mel de abelha.
Da lavoura de trigo à produção de cana-de-açúcar.

Pois os fazendeiros brasileiros devem responder por um crescimento de 12,4% em 2020, um novo recorde.
E alcançar 740,3 bilhões de reais.
A previsão é da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, a CNA.

Se você não ouviu muito bem eu vou repetir e reforçar.

As previsões são de que o Brasil fique 6% mais pobre neste ano.
O mundo fique mais pobre em no mínimo 5%, incluídas aí potências econômicas como as dos Estados Unidos, da China, do Japão e da Alemanha.
E a CNA diz que a fazenda Brasil vai produzir 12,4% a mais de riqueza do que em 2019.

É mole ou você quer mais?

A pesquisa da Confederação indica que só na agricultura o salto positivo vai ser de 15,5%.
Bom resultado, que reflete o aumento de preços e a produção de soja, arroz, café arábica, milho e laranja.
Na Pecuária, o crescimento estimado é de 7,5%, puxado pelos suínos, ovos de galinha e carne bovina.
O Comunicado Técnico da CNA, por outro lado, alerta que as dificuldades de comercialização por causa da pandemia do novo coronavírus devem afetar a concretização do VBP em faturamento nos próximos meses.

O que significam as duas previsões?

Que o fazendeiro vai produzir mais no campo, mas o resto da cadeia pode ter dificuldade para faturar na mesma intensidade com a venda destes produtos.
Você não precisa ficar em dúvida.
A notícia do crescimento do VBP é ótima.
A preocupação com a venda de tudo o que sai da fazenda para a indústria, o atacado e o varejo, isto é, a compra de supermercado, é muito válida também.
Afinal, não adianta você ter ouro na mão se não há ninguém interessado ou com dinheiro para comprá-lo.

Qual o cenário ideal?
A fazenda estar produzindo mais, a indústria processando e repassando mais, o atacado revendendo mais e a dona e o dono de casa comprando mais.

É a roda da fortuna de uma economia voltando a respirar.
Por conta própria, sem a ajuda de aparelhos.

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