29 de maio de 2020

O Agro 2020 vai crescer! Por Riba Ulisses

O Agronegócio vai crescer em 2020.

A previsão é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, que utiliza como base a previsão de safra do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE.
O Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário brasileiro deve crescer 2,5% neste ano, mesmo com a pandemia do novo coronavírus.
Se levarmos em consideração a safra prevista pela Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, o crescimento deve ser um pouco menor, de 2,3%.
Para mediar a evolução da pecuária, a análise se baseou no volume de produção estimado pelas pesquisas de abate de animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha do IBGE e pelas estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o reconhecido USDA.

O IPEA projetou dois cenários.
Um básico e outro de estresse, levando em consideração uma queda grande na redução do consumo.

No primeiro cenário, sem grandes sobressaltos no período pós-covide-19, o crescimento fica em 2,5%.
Resultado de um avanço de 3,1% nas lavouras e de alta de 1,5% na Pecuária.
Como vocês percebem, o peso da agricultura é bem maior do que a produção de carnes.

No cenário de maior estresse, o PIB Agropecuário também cresce, mas em menor ritmo, com 1,3%.
Interessante notar que os pesquisadores elegeram as culturas que melhor se saem mesmo com dificuldades.
Soja e café.
Já a cana-de-açúcar é a que mais sofreria.
A pecuária também sofreria, com um tombo de até 2%.

Um dos autores do estudo, o economista e pesquisador Fábio Servo, analisou que o confinamento social mudou alguns comportamentos do consumidor.
Ele comprou bem mais produtos como arroz, banana, café e ovos.
E preferiu cortes menos nobres das carnes.
Mesmo assim, a produção da lavoura segurou o tranco pelo setor.

O estudo também calculou que as exportações do Agro geral aumentaram 7% de janeiro a abril deste ano.
Assim como a contratação de crédito rural, que emplacou 26,8% a mais em termos reais no bimestre março e abril, quando começou a pandemia no Brasil, comparando com o mesmo período de 2019.

E o melhor de tudo.
O emprego no setor manteve-se estável de janeiro a março deste ano.
A população ocupada foi de quase dezoito milhões de pessoas, apenas 0,53% a menos do que o mesmo período do ano passado.
Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, o Cepea, da Universidade de São Paulo, a USP.
Isso significa que a participação do agronegócio no mercado de trabalho inteiro brasileiro manteve-se praticamente estável, passando para 19,5% entre os primeiros trimestres de 2019 e deste ano.

Boa notícia!

 

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