Pandemia e exportações! Por Riba Ulisses

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As exportações do Agronegócio de janeiro a abril deste ano cresceram 17,5% nos quatro primeiros meses, comparando com o mesmo período do ano passado.
Apesar da pandemia do novo coronavírus, a abertura de mais mercados para os produtos do campo permanece trazendo bons resultados para a economia.
Não deixa de ser uma luz.

O Brasil entrou em maio sem ter a menor ideia de quantos milhões de desempregados já tem.
Os pobres, autônomos e demitidos pela pandemia estão cada vez mais apavorados.
A economia só não está paralisada completamente por causa do agronegócio, que continua a toda, os supermercados e serviços essenciais, como transportes, farmácias, oficinas mecânicas etc.

A partir desta quarta-feira, dia 7 de maio, milhares de cidades do país começam a permitir a venda de todos os produtos a consumidores que estiverem dentro dos carros. Shoppings, lojas, varejo em geral, gente que vende de pilha a livro usado.
Um alento para quem não faz parte das classes privilegiadas que podem ficar confinadas em casas, apartamentos ou condomínios porque têm dinheiro guardado ou salário garantido.
Enquanto isso, o Banco central baixou a taxa de juros selic para 3%, alguns clubes de futebol já voltaram aos treinos, o dólar vai explodindo e a mídia e os políticos aproveitadores continuam apavorando a população com um festival de máscaras, enterros, covas abertas, multas, choros e proibição de circulação de pessoas nas ruas.

Quem trabalha sério, cuidando da própria saúde e dos colaboradores, aumentou as vendas externas de produtos do agro para a Ásia e a China.
A fatia do segmento nas exportações saltou de 18,7% para 22,9% neste ano.
Destaque para a soja, algodão, madeira, mel natural, especiarias.
Só em abril, os embarques brasileiros somaram US$ 18,312 bilhões e as importações, US$ 11,611 bilhões.
Um saldo positivo de US$ 6,702 bilhões.

No meio da turbulência mundial, o Brasil manteve sua balança praticamente estável.
No mês passado, alguns produtos bateram recordes históricos mensais de exportações em volume.
Farelo de soja, carne bovina fresca, refrigerada e congelada. Carne suína.
Quem não se deu bem foram trigo, centeio e milho não moído, café não torrado, animais vivos, frutas e nozes.

As exportações brasileiras de todos os setores para a Ásia subiram 15,5% nos quatro primeiros meses deste ano.
Um mercado que já representar 47,2% do total de nossas exportações.
E a China? Nossos negócios com o gigante cresceram 11,3% neste ano.
Em dólares, a China comprou do Brasil o triplo do importado pelos Estados Unidos e o dobro do consumido pela União Europeia.

Seguimos divididos pelo medo da morte, o amor aos entes queridos, a necessidade do trabalho e a falta de sensibilidade de autoridades e alguns meios de comunicação.
Depois de um mês e meio de opressão pelo confinamento, o Brasil tem menos de nove mil mortos pelo novo coronavírus.
E uma população de 206 milhões de pessoas apavoradas, indignadas, desempregadas e confinadas.

O podcast radar agro fica por aqui.
Até a próxima!

Coluna Radar Agro

por Riba Ulisses

Jornalista há 38 anos. Formado na Universidade Estadual de Londrina e com especialização em Marketing na Cásper Líbero, em São Paulo. As principais experiências foram no jornalismo de televisão, e em revistas, sites e eventos ligados ao Agronegócio. Tem passagens por empresas como TV Globo, SBT, Safeway,  Jornal da Tarde, Folha de Londrina, Revista Placar e Rede Paranaense de Comunicação. Reportagem, com produção de matérias, programas e telejornais, e coordenação de equipes de trabalho em informação e entretenimento.
Desde 2017, AgroDiretor de Conteúdo no Grupo Publique.

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