A Imprensa do Brasil insiste em falar sobre a preocupação da indústria de abate de animais de produção em ter que fechar unidades por causa de contágio de funcionários pelo covide-19.
Uma situação que já ocorreu nos EUA, com três plantas da Smithfield Foods Inc.
Agências espalham boatos de que a JBS já teria suspendido atividades em uma unidade de Santa Catarina por causa de diagnóstico positivo em dois funcionários.
É claro que é um fato possível.
E é lógico que existem protocolos a serem seguidos pela indústria neste caso, seja no segmento do agronegócio ou no de álcool em gel, papel higiênico, desodorante ou sabão em pó.
Mas o que chama a atenção é a necessidade de sensacionalismo por parte da mídia.
Terrorismo puro.
Informação concreta, fontes apontadas, Zero!
Se não ocorrer nada, o boato cai no esquecimento.
Se ocorrer, o famoso “não falei”, “como noticiamos”, “já havíamos adiantado”.
A hora do marketing e dos políticos
Governadores, prefeitos, deputados, presidentes de empresas.
Nunca foi tão fácil aparecer na mídia.
Espinafrando inimigos políticos, criticando especialistas, analisando dados, elogiando o ‘cientificismo’, doando ovos de páscoa, máscaras e álcool em gel.
Verdadeiros santos
Um deleite para os marqueteiros.
Anunciar sem gastar dinheiro.
Será?
O ministro político
O ex-ministro da saúde disse na semana passada que não usava as redes sociais.
Mas avisou o Brasil inteiro, pelo twitter, que havia sido demitido pelo presidente Bolsonaro.
Talvez esteja no Fantástico de novo, neste domingo, para cantar, pedir música ou falar que exercícios vai fazer em casa, durante o confinamento.
Desemprego nos EUA
22 milhões de americanos pediram seguro-desemprego na maior economia do planeta.
Os jornalistas publicam que o número de gente sem trabalho pode ser maior.
Sim, assim como no Brasil, os jornalistas de lá torcem pelo pior ou aterrorizam o público para suas empresas faturarem mais.
A crise é gravíssima.
Mas, assim que o panorama melhorar, os EUA empregam mais de vinte milhões de pessoas em menos de uma semana.
Lá não tem CLT.
Tombo chinês
O Produto Interno Bruto (PIB) da China caiu 6,8% no primeiro trimestre.
Número esperado, mas histórico.
Nada parecido ocorria desde a década de 1990.
Vivemos, queiramos ou não, um fato histórico.
Não como leitores de livros.
Como atores principais.
Tomara que, no final da história, o número de mortos e famintos seja o menor possível.
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