Quem vai fazer a comida? Por Ulisses Riba

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Antes de qualquer coisa, respeitando cientistas e especialistas, é preciso afirmar que o mundo tem aproximadamente sete bilhões de habitantes e eles precisam de comida, energia e assistência médica. Todo santo dia. E o mundo não propicia os três insumos com as pessoas ficando em casa.
Não é uma questão de ser contra tudo.
É uma questão prática.

Longe do simplismo de políticos e jornalistas.

Ficar em casa é fácil para quem tem dinheiro, é da classe média para cima. Não é à toa que a medida é defendida por ricos, formadores de opinião, jornalistas, médicos, profissionais que estão nesta faixa privilegiada da pirâmide social.
Eles têm geladeira de duas, três portas, abarrotadas de comida e bebidas, tevês de 40 polegadas, grana na conta, cartão de crédito, Netflix, filhinhos de bochechas gordinhas e vontades mil.

Mas e os milhões de desempregados do Brasil, que precisam de gente nas ruas para vender fatia de bolo, carregador de celular, biscoito Globo, picolé, comida ‘caseira’?

Chama o IFood!
E aí? Quem vai levar a pizza e o sanduba para a família de classe média faminta que está em casa, ‘maratonando’ com as séries de televisão?
Quem vai produzir carne, alface, pão, arroz, feijão?
Quem vai atender nos supermercados, nas farmácias?

E se o produtor rural não trabalhar?
Como o planeta vai comer?

Gripe Suína
Era um fim de tarde de sexta-feira em 2009, início do Outono no Brasil, e a notícia era de que 29 mexicanos haviam morrido de Gripe Suína. Na segunda-feira, o mundo estava em pânico, centenas já haviam morrido em vários países e o vírus derrubava idosos, crianças e adultos com imunologia em baixa. As pessoas não faziam a menor ideia do que era aquela doença.

Quatro meses depois, milhares haviam morrido, já existia uma vacina, a venda de álcool gel explodia, não dávamos as mãos para ninguém e a vida seguia normal.
Sem o cancelamento de absolutamente nenhum evento. E sem prisão domiciliar.

É política!
De lá para cá, o mundo mudou. Como sempre. Medidas anunciadas como ‘científicas’ são tomadas por prefeitos, governadores. A sociedade, empurrada pelos formadores de opinião, deixa os políticos e demagogos em polvorosa.
Faça qualquer coisa, seja lá o que for.
Caso contrário, se algo grave ocorrer, você não vai ganhar voto algum na próxima eleição.

Imprensa!
Segue fazendo o ‘terrorismo de serviço’.
Horas e horas aterrorizando a população.
Ganhando audiência, faturando com Publicidade.
La nave va!

Estupidez!
Rádio CBN, domingo à tarde.
No comando do programa, a ‘socialista de mesa de botequim da Vila Madalena’ Petria Chavez, ouvindo uma ‘pretensa’ química, que pede para as pessoas deixarem de comer queijo e lácteos em geral para não ficarem ‘dodói’ com o Coronavírus.
E comer sementes, côcos, feijão que passou a noite na água.
Meu Deus!

 

Coluna Radar Agro

por Riba Ulisses

Jornalista há 38 anos. Formado na Universidade Estadual de Londrina e com especialização em Marketing na Cásper Líbero, em São Paulo. As principais experiências foram no jornalismo de televisão, e em revistas, sites e eventos ligados ao Agronegócio. Tem passagens por empresas como TV Globo, SBT, Safeway,  Jornal da Tarde, Folha de Londrina, Revista Placar e Rede Paranaense de Comunicação. Reportagem, com produção de matérias, programas e telejornais, e coordenação de equipes de trabalho em informação e entretenimento.
Desde 2017, AgroDiretor de Conteúdo no Grupo Publique.

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