29 de fevereiro de 2020

Revenda, março chegou! Por Ulisses Riba

O carnaval passou. E agora, sim, chegou o mês de chuvas. Teve seca aqui e acolá. Na estatística, coisa pequena, a safra é espetacular. Mas quando a perda é no próprio bolso, dói. Produtor rural sabe. Bom, lavradores, distribuidores e revendas de insumos: é hora de definir. Quanto guardar? Quanto comercializar? O que foi trancado deve ser entregue, é lógico. Mas e o que ficamos de analisar o mercado?

O mundo não vai deixar de comprar para comer. Mesmo com Coronavírus. Ainda mais pelo Coronavírus. Sobrevive quem se alimenta. Mas é necessário acertar o tempo e a medida certos. E há o planejamento das safras de outono e inverno. Como será o mundo daqui seis meses? E o Brasil, de conflitos e eleições municipais?

Meu caro distribuidor, “o Brasil não é para amadores”. Logo, trabalhe com profissionais que te ajudem e entendam do assunto, integre a equipe nas metas e sugestões, distribua bem os investimentos, capriche na parceria com produtores e indústria, aposte em bons clientes e freio total nos gastos inúteis. O mundo é dos fortes, ok. Mas muito mais de quem se adapta rápido às mudanças.

A culpa é dele!
Centenas de pessoas já alertaram. Mas o Brasil segue brincando com fogo. Desde que as únicas pessoas sérias da equipe econômica do apenado Lula saíram de cena. O criminoso Palocci em 2006 e o competente Meirelles em 2010. Com um pequeno intervalo durante o bom mandato de Michel Temer.

O país implora por reformas. Mas cada cidadão é imperioso: desde que não mexam ‘no meu bolso’. A ‘culpa é dele’, ‘já paguei demais’, ‘político é sempre assim’, ‘esses caras não prestam’, ‘eu não vou salvar o país’, ‘eles fazem assim e se dão bem’, ‘eu sou honesto e só me dou mal’, ‘estou cansado, ‘não sou besta’.

O presidente diz que a culpa é da Imprensa. A imprensa diz que só noticia. Os socialistas chamam os capitalistas de desumanos. Os capitalistas afirmam que os socialistas são bandidos. A Câmara Federal exige independência. O Senado chantageia o Executivo. O Judiciário come lagosta. Os artistas estão de olho em incentivos fiscais. Os professores ganham privilégio na Previdência. Negros, índios, gays e deficientes físicos querem mamata e cotas. Barnabés federais, estaduais e municipais querem estabilidade.

Policiais seguem matando e sendo mortos. Assim como pobres, menores de idade sem emprego, gays, desvalidos em geral. Ao mesmo tempo, todos entram na universidade sem saber escrever o nome, tem Bolsa Família, PIS, PASEP, SISU, passe escolar, isenção de idoso, atendimento médico no SUS. É ruim? Mas custa bilhões de reais ao contribuinte. Nada é gratuito ou cai do céu. Tudo custa bilhões. A competente Margareth Thatcher já dizia: “Não existe dinheiro público. Existe dinheiro do cidadão”.

E o bom cidadão trabalha todo santo dia, paga impostos, é honesto, ama a família e só quer casa própria e limpa, filhos saudáveis e estudando, conta no azul, comida na mesa.

O livro maior que li em minha vida foi ‘Cem anos de solidão’. É isso. O Brasil é Macondo. Cidade de gente condenada a crescer e se bestializar!

 

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