Produtor de acerola aumenta produtividade e economiza 100 litros planta/dia com irrigação inteligente

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Tecnologia implantada em 2013 também melhorou ergonomia dos colaboradores na Fazenda

Aumentar a produtividade economizando água e outros recursos, estão entre os principais objetivos dos produtores brasileiros. Na produção de acerola da Fazenda Amway Nutrilite do Brasil, localizada no noroeste do Ceará, essas metas já são realidade.

Utilizando a tecnologia de irrigação inteligente “gota a gota”, da israelense Netafim – empresa pioneira e líder mundial em soluções por gotejo -, a fazenda conseguiu economizar 100 litros de água por planta/dia. Segundo o supervisor agrícola de irrigação da Fazenda Amway Nutrilite do Brasil, Tiago Souza, atualmente são aplicados 20 litros por planta, distribuídos em quatro irrigações diárias, de 30 minutos cada.

“Essa tecnologia consiste em tubos gotejadores que conduzem a água até a raiz da cultura, fornecendo a quantidade ideal de água e, também, por meio da nutrirrigação, leva os nutrientes para a cultura.”, explica, Cristiano Jannuzzi, gerente agronômico da Netafim.

Tradicionalmente, a aceroleira se desenvolve e produz satisfatoriamente em clima tropical e subtropical, necessitando de 1200 e 1600 mm anuais de chuvas bem distribuídas. Porém, na caatinga – onde localiza-se a fazenda Nutrilite – a pluviosidade média anual é de 600 mm apenas, tornando a irrigação indispensável na região.

Na Fazenda Amway Nutrilite do Brasil, maior produtora de acerola orgânica do mundo, o sistema de gotejamento inteligente foi implantado em 2013, inicialmente em área experimental. Embora as plantas tenham apenas quatro anos, o resultado da produção – coletados em 2015 – chegou a 32 kg/planta, contra 18 kg/planta alcançado no sistema de microaspersão sob a copa das árvores. Vale lembrar que as aceroleiras alcançam ápice da produtividade somente na fase adulta, com aproximadamente cinco anos de idade.

Além disso, dados da Embrapa ressaltam que o gotejamento na cultura da acerola permite a redução do espaçamento entre as plantas, obtendo maior produtividade. Mas, além do ganho na produção, o menor espaçamento também reduz o custo de implantação da tecnologia. “No gotejamento não há tantas “pecinhas”, a malha de tubulação geralmente é de menor diâmetro, a pressão de serviço é metade dos demais sistemas e o bombeamento, consequentemente, é menor. Os custos de manutenção, quando comparado com a aspersão e microaspersão, a diferença é gigantesca”, conta Tiago.

Outra particularidade chama a atenção na propriedade: a economia de energia e de máquinas nas capinas, uma vez que a tecnologia de gotejamento fica localizada abaixo do solo. “Onde tínhamos três motobombas, hoje só funciona uma e com menor tempo”, conta o supervisor de irrigação.

Mas, vantagens não ficam apenas no campo da economia ou produtividade. Tiago conta que houve melhora na qualidade de vida dos funcionários. “Quanto a ergonomia e forma de trabalho das pessoas, o ganho foi muito grande. Constantemente recebíamos reclamações de dores nos braços e nas costas, tanto devido a força exercida para fazer emenda, como a grande quantidade de cortes e quebras do sistema que exigiam o agachamento constante das pessoas. Mas, no gotejamento esses problemas praticamente acabaram”, diz.

 

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