Governo de SP investe R$ 7,7 mi em 15 obras para modernizar fazenda de pesquisas do IAC

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Instituto passa por processo de modernização para incentivar a inovação tecnológica e também modernizou sua frota, com a compra de 15 veículos

O Governo do Estado de São Paulo investirá até 2017 R$ 7,7 milhões em melhorias na Fazenda Santa Elisa do Instituto Agronômico (IAC), da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em Campinas. As obras incluem reformas de prédios, ampliação de laboratórios e melhorias nas redes de energia elétrica e internet. Ao todo, sete obras estão em execução e devem ser finalizadas ainda neste ano na fazenda, onde ficam sete dos 12 centros de pesquisa do IAC. Outras oito obras estão previstas para serem executadas em 2017. O investimento total nas melhorias é de R$ 7,7 milhões. O Instituto também modernizou sua frota, com a compra de 15 veículos.

Com as obras, o objetivo é modernizar a infraestrutura da Fazenda Santa Elisa, criando ambiente que viabilize o aumento da competitividade das pesquisas desenvolvidas pelo Instituto Agronômico e incentive a inovação tecnológica. “As instituições de ciência, tecnologia e inovação precisam sempre se modernizar para realizarem pesquisas competitivas e essenciais. A ampliação e a modernização dos laboratórios serão fundamentais para as pesquisas do IAC na área de pós-colheita, horticultura, genética e pragas quarentenárias”, afirma o diretor-geral do IAC, Sérgio Augusto Morais Carbonell. Os investimentos em 2016 somam R$ 3,4 milhões, aproximadamente, e R$ 4,3 milhões, em 2017.

O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, acompanhou as obras em uma visita à Fazenda Santa Elisa, em 6 de outubro de 2016. Para ele, esses investimentos reforçam o compromisso da Secretaria com a pesquisa. “Estamos criando melhores condições para que os institutos realizem pesquisas inovadoras. A criação dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) fortalece essas ações”, afirma. Arnaldo Jardim ressalta que São Paulo se destaca na geração de conhecimento, com os investimentos do Governo do Estado e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Segundo coordenador da Apta, Orlando Melo de Castro, os investimentos em infraestrutura e maquinário permitiram que os institutos de pesquisa da Agência ficassem mais produtivos a cada ano. “Entre 1986 e 1990, o IAC lançou, em média, 13 cultivares por ano, enquanto que, de 2011 a 2015, esse número foi de 20 cultivares, em média, por ano. A média anual de realização de análises laboratoriais também subiu de 13.466 para 14.289, mesmo com a abertura de novos laboratórios pela iniciativa privada e universidades. A produção de sementes do IAC também aumentou de 265.901 quilos, em média, por ano, para 311.956 quilos anuais, em média”, afirma Castro.

A média de artigos escritos por pesquisadores também subiu no IAC de 0,7, por ano, entre 1996 e 1990, para 1,2, por ano, de 2011 a 2015.  “Esses números mostram que o IAC e os outros institutos da Apta estão cada vez mais eficientes e produtivos, pois apesar da redução de servidores, que em algumas áreas é significativa, a modernização de máquinas e da infraestrutura tem permitido ampliar a capacidade operacional das unidades, fazendo mais com muito menos. A modernização das unidades de pesquisa permitiu aumento na produção e na prestação de serviço para o setor produtivo”, explica o coordenador da Agência.

Obras em execução

Em 2016, estão sendo executadas na Fazenda Santa Elisa serviços de reformas e adequação do Laboratório de Fisiologia Vegetal e Tecnologia de Pós-colheita do Instituto Agronômico. O espaço abrigará nove pesquisadores, que atualmente trabalham em prédios distintos. O investimento na reforma é de R$ 715 mil e está sendo feito com recursos do Fundo Especial de Despesas (FED) do IAC.

Outro importante espaço que está sendo reformado é o Quarentenário do IAC, um dos dois quarentenários públicos brasileiros e o único a prestar serviço de quarentena para a iniciativa privada. Foram investidos, aproximadamente, R$ 188 mil na obra de ampliação do Laboratório de Cultura de Tecidos, por meio do FED IAC, e outros R$ 300 mil deverão ser destinados ao setor em 2017. Com a ampliação, será possível a realização das análises laboratoriais no próprio quarentenário, e não mais em outros laboratórios do IAC, reduzindo o risco de disseminação de patógenos.

Em 2016, o setor recebeu 200 materiais, de 15 espécies de plantas, totalizando 35 mil acessos. A unidade do IAC tem a tarefa de analisar aspectos fitossanitários de materiais vegetais importados, que podem ficar em quarentena em período que varia de meses a anos, dependendo da espécie vegetal e do país de origem. O Quarentenário do IAC possui Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB), que o habilita a receber materiais geneticamente modificados.

Estão sendo concluídas as obras para reforma de estrutura para ampliação do Programa Feijão do Instituto Agronômico. A obra envolveu a reforma de estrutura física de um dos prédios da Fazenda Santa Elisa e da casa de vegetação para abrigar experimentos. O valor da reforma foi de R$ 100 mil, com recursos de Fundações de Apoio à Pesquisa e do FED. “As cultivares do IAC ocupam 30% do mercado nacional de feijão. Em 2017, é previsto o lançamento de duas novas cultivares de grãos especiais, com o objetivo de oferecer opções de cultivo aos agricultores, que podem atingir com estes materiais o mercado externo”, afirma Carbonell.

O Instituto Agronômico está investindo na recuperação da rede elétrica. Estão sendo instalados disjuntores automatizados, transformadores e geradores de energia. O objetivo é reduzir a perda de energia e evitar a queda de eletricidade em momentos de fortes chuvas e vendavais. O investimento total é de R$ 1 milhão, feito com recurso da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e FED. Um projeto de Infraestrutura Fapesp foi iniciado em 2016 para melhorias na rede de internet da Fazenda. A expectativa é que o projeto, no valor de R$ 130 mil, seja finalizado no próximo ano.  

Também estão em execução os serviços de reparo no prédio da Ecofisiologia e Biofísica do IAC, barracão de arquivos e garagem, que foram destelhados em decorrência do fenômeno microexplosão, que atingiu a cidade de Campinas em junho de 2016. O investimento na recuperação dos espaços é de R$ 334 mil, a serem pagos pelo FED.

Projetos para 2017 

Em 2017, o IAC prevê obras para reforma do Laboratório de Biotecnologia, do Laboratório de Fitoquímica e de laboratório do Centro de Café. O investimento nas áreas, com recurso Finep, será de R$ 1,6 milhão. O objetivo é o fortalecimento das atividades de pesquisa nas áreas envolvidas com a qualidade do produto agrícola e qualidade química do solo. “A reforma do Laboratório de Biotecnologia permitirá a conservação in vitro dos acessos representativos do IAC, as core collections, reduzindo custos e necessidade de mão de obra, além de diminuir os riscos de perdas por intempéries”, explica o diretor-geral do IAC. 

Também está prevista a reforma e adequação do prédio de sementes do IAC e construção de galpão para armazenamento. As obras terão custo de R$ 800 mil, aproximadamente, e serão pagas com recursos do FED. Em 2015, o IAC produziu 436.305 toneladas de sementes genéticas de cultivares IAC, destinadas à multiplicação comercial para o atendimento da demanda de agricultores. “Esses materiais viabilizam a obtenção de altas produtividades nas lavouras, associadas a ganhos de produtividade e qualidade na produção final, gerando postos de trabalho e renda. Com a obra, vamos reduzir as perdas no processo de produção e continuar disponibilizando sementes de melhor qualidade ao setor produtivo”, afirma Carbonell.

Será reformada ainda a estrutura dos prédios do Centro de Horticultura e do Centro de Genética, com recursos do PAC, na ordem de R$ 910 mil, aproximadamente. A reforma do prédio que abriga o Centro de Horticultura visa adequar o espaço para concentrar os pesquisadores da área. O objetivo é otimizar as pesquisas em sistema orgânico de produção e cultivo protegido.

Para 2017, está programada ainda a reforma do sistema de irrigação da Fazenda Santa Elisa, a um custo de R$ 100 mil, aproximadamente, com recursos do FED. O novo sistema otimizará o uso da água para a experimentação agrícola e demonstrações das tecnologias IAC em dias de campo.

Além das reformas de unidades localizadas na Fazenda Santa Elisa, em Campinas, investimentos estão sendo efetuados nos Centros Avançados de Pesquisa do IAC, com o mesmo propósito: modernizar a infraestrutura de pesquisa. Três obras estão em andamento no Centro de Cana, localizado em Ribeirão Preto, que totalizam R$ 180 mil. Para 2017, investimentos da ordem de R$ 520 mil serão realizados no Centro de Citros, em Cordeirópolis, e no Centro de Frutas, em Jundiaí.

Por Fernanda Domiciano | Assessoria de Imprensa

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