Evento com pequenos produtores discutirá aspectos da produção da fruta
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Polo Regional de Presidente Prudente, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), realizará o Dia de Campo da Cultura da Pitaya, em 6 de dezembro de 2016, em Presidente Prudente, interior paulista. O evento mostrará aos produtores da fruta a implantação da cultura, como deve ser o manejo, a adubação e a comercialização.
O dia de campo será destinado a produtores que já trabalham com a cultura e para aqueles que querem começar na atividade. De acordo com o pesquisador do Polo da APTA, Nobuyoshi Narita, o objetivo é transferir as novas informações levantadas pelas pesquisas da APTA e discutir os problemas e avanços obtidos pelos produtores. “Podemos planejar as próximas pesquisas de acordo com as demandas feitas por eles”, diz.
A APTA iniciou as pesquisas com pitaya em 2007, com o objetivo de buscar novas oportunidades para plantios comerciais. Desde então, os produtores da Alta Sorocabana, acompanham e testam as pesquisas, auxiliando nos resultados.
Atualmente, o Polo realiza estudos sobre adubação, polinização, sistema de condução e teste de novos materiais. De acordo com resultados apresentados até agora, se for feita, a polinização pode aumentar em 70% a fixação dos frutos e 15% a massa.
Também foram realizadas pesquisas sobre a implantação da cultura, em que foram plantados ramos maiores para antecipar o início da produção da fruta. “Antigamente, a produção demorava dois anos. Agora, dura um. Isso é importante para antecipar os lucros dos produtores”, comemora o pesquisador.
Segundo Narita, as pesquisas da APTA buscam desenvolver novas variedades da fruta e promover a produção. A ideia é apresentar mais uma opção aos produtores da região, formados, na maioria, por agricultores familiares e pequenos produtores, que recebem respaldo do Polo em suas dúvidas.
Uma das principais motivações para a criação do evento foram as solicitações de informações feitas por produtores de pitaya de outras regiões fora da Alta Sorocabana. “Desde que começamos as pesquisas, os produtores da região sempre nos auxiliam e participam. Já os de outras regiões não têm a mesma possibilidade e sempre nos enviam suas dúvidas. Com o dia de campo, eles podem vir e aprender mais sobre a cultura”, diz.
“Eventos como esse, de transferência de tecnologia e conhecimento, são muito importante, pois ajudam o agricultor a melhorar sua produção, sua renda. Uma das recomendações do governador Geraldo Alckmin é justamente melhorarmos a renda do campo, dando foco em nossos trabalhos aos pequenos produtores”, afirma Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Produção
De acordo com dados da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP/SP), em 2010 foram comercializadas, aproximadamente, 150 toneladas de pitaya. Em 2013, foram produzidas mais de 300 toneladas e em 2015 a quantidade comercializada foi superior a 450 toneladas. A Alta Sorocabana se destaca no Estado como a maior região produtora.
Mesmo com o aumento da comercialização, não ocorreram alterações no valor da fruta para os consumidores. Segundo o pesquisador da APTA, isso acontece devido ao aumento do consumo da fruta. “Se no mercado ocorrer muita comercialização e pouco consumo, o preço do produto abaixa. Mas, neste caso, o consumo acompanha a produção, fazendo com que não aconteça variações no preço”, diz.
SERVIÇO: Dia de Campo da Cultura da Pitaya
Data: 6 de dezembro de 2016
Horário: A partir das 8h
Local: Polo Regional Alta Sorocabana
Endereço: Rod. Raposo Tavares, Km 561. Presidente Prudente – SP
Informações: (18) 3222-0732
Programação:
8h às 9h: Credenciamento e Abertura
9h às 10h: Aspectos Econômicos da cultura da pitaya – Nabuyoshi Narita, Polo Regional Alta Sorocabana – APTA
10h às 11h15: Implantação e tratos culturais da cultura da pitaya – Nabuyoshi Narita, Polo Regional Alta Sorocabana – APTA
11h15 às 12h30: Florescimento e Produção de Pitaya – William Hiroshi Suekane Takata, Universidade do Oeste Paulista – Unoeste
12h30 às 14h: Almoço
14h às 17h30: Prática no campo