Organização apresenta estudos associados a compromissos globais e políticas, voltados ao combate de mudanças climáticas e à recuperação de áreas degradadas
De 27 de agosto a 1º de setembro, a Agroicone, representada pelas pesquisadoras Laura Antoniazzi, Iara Basso e Karine Costa, apresenta estudos sobre restauração florestal na sétima Conferência Mundial para Restauração Ecológica (SER), que acontecerá em Foz do Iguaçu (PR).
Com ampla expertise na geração de conhecimento para a agricultura e sustentabilidade, a empresa traz em seus trabalhos análises de custos de diversas técnicas de restauração e um zoneamento do potencial de regeneração natural de Mato Grosso. Estes dois aspectos são bases fundamentais para embasar a estratégia brasileira de restauração florestal, parte dos compromissos apresentados à Convenção do Clima no âmbito do Acordo de Paris.
A partir de 28 de agosto, o estudo Economic analysis of forest restoration for compliance with the Forest Code (Restauração florestal em cadeias agropecuárias para adequação ao Código Florestal) fica à disposição dos participantes na seção de pôsteres, incluindo exposição oral de Iara Basso, uma das autoras da publicação, nos dias 28 e 29, das 18 às 20h.
Já no dia 31, das 14h30 às 14h50, Karine Costa, autora do estudo Zoning of the Mato Grosso State Natural Regeneration Potential (Zoneamento do potencial de regeneração natural no estado do Mato Grosso), apresenta o trabalho na sala Adagio 2.
“Nossa contribuição no tema de restauração florestal tem objetivo de colaborar com embasamento de políticas públicas e estratégias privadas, especialmente de adequação ao Código Florestal. Buscamos abordar o tema de forma que seja fácil trazê-lo à prática, uma vez que nos próximos anos muitos atores estarão envolvidos para levar a restauração florestal para o chão”, destaca Laura Antoniazzi, pesquisadora sênior da Agroicone.
O evento, promovido em parceria com a Sociedade Brasileira para a Restauração Ecológica (SOBRE) e a Sociedade Iberoamaericana e do Caribe para Restauração Ecológica (SIACRE), pretende reunir mais de 1.500 delegados de todo o mundo, entre eles pesquisadores, profissionais e formuladores de políticas, advindos de agências do governo, organizações intergovernamentais e organizações não-governamentais, para o fomento de pesquisas e troca experiências acerca de mais de dez tópicos, entre eles o papel da restauração na mitigação e adaptação às mudanças climáticas, o monitoramento e a gestão adaptativa e a restauração em parques e áreas protegidas.
Detalhes sobre os estudos
O estudo Economic analysis of forest restoration for compliance with the Forest Code apresenta custos operacionais de diferentes técnicas de restauração – condução da regeneração natural (ativa e passiva), semeadura direta e plantio de mudas, sendo essa última feita de diferentes formas. Para os modelos de plantios de mudas com aproveitamento econômico foram estimadas também a taxa interna de retorno (TIR). Os custos e retornos são apresentados para oito estados brasileiros – São Paulo, Mato Grosso e Pará, Mato Grosso do Sul e os quatro da região do Matopiba – e em seis diferentes condições físico-ambientais (combinações de precipitação e declividade) que influenciam diretamente os custos. Estas estimativas, junto com a indicação de gargalos e dificuldades, são subsídios importantes para guiar estratégias de apoio a restauração florestal.
Desenvolvido no âmbito do Programa Produzir Conservar e Incluir (PCI) do estado de Mato Grosso , que tem a meta de restaurar 2,9 milhões de hectares, o estudo Zoning of the Mato Grosso State Natural Regeneration Potential indica as áreas que possuem o maior potencial de regeneração natural e, portanto, possibilidade de fazer restauração com baixo custo. O objetivo é contribuir com a definição de políticas públicas que permitam alcançar os desafios de restauração, além de promover o planejamento territorial conciliando conservação e produção.
Para isso, a Agroicone, em parceria com o World Resources Institute (WRI), elaboraram um mapa do potencial de regeneração natural em Mato Grosso, levando em conta variáveis da paisagem – como indicadores de regenerabilidade para cada bioma – e contando com o conhecimento de especialistas.
Sobre a Agroicone
Fundada em 2013, pela união de um grupo de especialistas do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (ICONE) que, desde 2003, produz estudos e pesquisas aplicadas e promove debates qualificados em temas do agronegócio brasileiro e mundial. A Agroicone atua nas áreas de economia agrícola, bioenergia, conservação ambiental, comércio e negociações internacionais, trabalhando junto ao setor privado brasileiro e com diversas organizações internacionais de pesquisa e de políticas públicas. Mais informações: www.agroicone.com.br