24 de maio de 2022

Exportação embalou saúde animal em 2021

Sindicato Nacional do setor cresceu 18% e deve avançar outros 12% em 2022

A saúde animal tem sido um pilar importante para a sustentabilidade de diversos setores, desde a agropecuária até o mercado pet. Tanto que o segmento registrou um crescimento de 18% no ano passado, de acordo com os dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan). A pandemia do coronavírus aumentou a demanda externa por proteína, o que aqueceu o setor, enquanto a crise econômica e a alta nos preços afetavam o Brasil e direcionavam o consumo interno para tipos mais variados de carnes. Estimativas anteriores previam uma média de alta de apenas 8,4%. O Sindan aponta alguns aspectos que contribuíram para esse aumento expressivo. Os principais são a alta das exportações, principalmente em carne bovina e suínos, crescimento na demanda por proteína, melhora na produtividade do setor agropecuário, aumento no número de adoção de pets e relações mais próximas entre os animais de companhia e os tutores, o que intensificou o cuidado.

“Quase todos os importadores da carne do Brasil aumentaram suas demandas. Somando isso a uma busca maior por eficiência na produção agropecuária e um movimento do mercado de valorização do bem-estar dos animais, isso rendeu um crescimento expressivo no setor. Além disso, temos visto uma grande movimentação no setor pet. Com o aumento no número de animais de companhia nos lares brasileiros, os tutores começaram a investir mais na saúde e no bem-estar dos animais, movimentando o mercado”, analisou Emilio Salani, vice-presidente executivo do Sindan. Para 2022, a expectativa é de um crescimento um pouco menor, embora acima da média histórica do segmento de saúde animal. Entre os motivos apontados pelo Sindan estão o crescimento mais moderado das exportações, a alta nos custos com insumos, que podem impactar os preços dos produtos, e o arrefecimento do mercado pet. As projeções para 2022 são de crescimento em torno de 12%.

Projeção da Indústria Veterinária em 2022

BOVINOS
Crescimento de 10,5% para animais sem aftosa. Virada do ciclo da pecuária, com pressão no preço da arroba. Repasse dos preços dos laboratórios por conta dos insumos. Aumento de pressões ambientais. Possíveis embargos por motivações políticas. Baixo crescimento em exportação e diminuição do mercado de aftosa.

AVES
Crescimento de 9,9%. Aumento nos custos de produção. Mercado interno aquecido para ovos e carne de frango. Manutenção de preços elevados.

SUÍNOS
Crescimento de 13,3%. Retomada do plantel de suínos da China. Diminuição de exportações. Alta demanda por vacina e mais medicamentos. Queda no uso de antimicrobianos e uso maior de aditivos de performance.

EQUINOS
Crescimento de 9%. Necessidade de importar outras fontes de proteína e crescimento linear, sem eventos particulares.

PETS
Crescimento de 16,5%. Estabilização da curva de crescimento. Mercado continua aquecido, estimulado pelo isolamento social. Aumento de preços e chegada de novos produtos. Cuidados mais especializados e aumento de medicalização.

SINDAN
# Fundado em 1966
# Congrega 91 empresas responsáveis por 90% do mercado brasileiro de medicamentos veterinários
# Representa as indústrias de saúde animal perante os órgãos oficiais
# Produz estudos, coordena campanhas sanitárias e educativas
# Promove comunicação e defesa da reputação do setor

Canal AgroRevenda

 

Papo de Prateleira

 

Newsletter

Receba nossa newsletter semanalmente. Cadastre-se gratuitamente.