21 de outubro de 2020

Você está vivo por causa do Agrotóxico! Por Riba Ulisses

Apesar de o Brasil ser o terceiro maior produtor agrícola do planeta e ajudar a alimentar quase um bilhão de pessoas, com a ajuda das carnes, existe uma discussão que teima em não ter fim: o uso de agrotóxicos.
Principalmente agora, com os opositores de Jair Bolsonaro que criticam todas as medidas ligadas ao seu Governo.
Sejam quais forem.
No caso dos agrotóxicos, a bronca é com o que seria um grande aumento na liberação de novos produtos.

Um novo enigma.
A administração Bolsonaro aprova demais ou os governos Lula e Dilma não aprovavam nada?
O biscoito vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?

Vamos pensar juntos.
O termo agrotóxico foi criado pelo pesquisador brasileiro Adilson Paschoal em 1977 e é usado oficialmente pelo governo federal.
No exterior, os termos mais comuns são pesticida ou defensivo agrícola.
Estamos sempre no centro de grandes polêmicas sobre o assunto.
Por três motivos básicos.

Utilizamos alguns produtos que são proibidos em outros países.
A maioria no Hemisfério Norte, onde o solo fica congelado no inverno.
O contrário daqui.
Temos mais de dois terços do território na região Tropical.
Lugar de chuvas, calor, muita energia e a coexistência de bilhões de microrganismos vegetais e animais.
O olhar sobre a produtividade e as perdas é outro, bem mais complexo.

O segundo motivo é que somos os maiores consumidores de Agrotóxicos.
È verdade.
Em volume.
Porque produzimos o ano inteiro e temos até três safras de cultivares.
Sem falar das integrações.
Estados Unidos, Europa e Japão ficam quase seis meses debaixo de neve.
Não têm lavoura para usar defensivos.
Agora, se fizermos a conta do que é produzido por toneladas de agrotóxico usadas, o Brasil não está nem entre os quarenta primeiros.
Sem falar que a utilização de defensivos biológicos nas plantações cresce sem parar, como em nenhum outro país do planeta.
E ainda tem o manejo integrado de pragas e plantas daninhas.

O terceiro motivo é que nosso agronegócio cresce sem parar, produzindo e comercializando produtos melhores, mais baratos e eficientes do que os grandes concorrentes.
E quem são esses concorrentes?
Os mesmos que falam que usamos Agrotóxicos demais, derrubamos e colocamos fogo na Amazônia, perseguimos índios, etc.
Para azar deles, o nosso avanço no mercado mundial vai acelerar até 2050.
Caso contrário, o mundo passa fome.
Afinal, ninguém tem água, terras e tecnologia como o Brasil.

Isso tudo não basta?
Ok, vamos falar então das leis brasileiros sobre o assunto.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a ANVISA, é responsável pela análise de resíduos de agrotóxicos em todos os alimentos que chegam à casa dos brasileiros.
O nome do programa é PARA.
É na casca dos alimentos que encontramos a maior quantidade de resíduos de agrotóxicos.
O limite máximo de resíduos é um parâmetro agronômico, relacionado com a segurança dos alimentos ingeridos, e estabelece o limite máximo para cada produto.
O estabelecimento desse índice é de responsabilidade da ANVISA.
Ela informa que, em média, 77% dos alimentos testados em amostras não trazem resíduos ou apresentam resíduos iguais ou inferiores ao Limite Máximo.

Mas e o resto?
Os 23%?
Estão contaminados?
Não.
São amostras insatisfatórias.
Mal colhidas, sem cuidado, mal preservadas.

Se o consumidor ficar preocupado, pode optar por alimentos da época, que normalmente recebem uma carga bem menor de defensivos.
Ou ainda comprar orgânicos.
Temos uma lei nacional específica e detalhada sobre esse sistema de produção, com regras, normas e indicações.

Mas não é só isso.
Temos leis que autorizam o uso de agrotóxicos no Brasil.
Elas descrevem o que deve estar escrito nos rótulos das embalagens, como deve ser o armazenamento dos produtos, o uso de equipamentos de proteção pelos trabalhadores rurais, e a devolução das embalagens usadas, um complexo serviço de logística, que tem a participação dos próprios produtores e das revendas e dos distribuidores que vendem os produtos.
È o programa Campo Limpo, responsável por mais de quatrocentos mil pontos de armazenagem em todo o país e o recolhimento de mais de meio milhão de embalagens em dezoito anos de trabalho.

E mais: é necessário ter uma receita agronômica para comprar legalmente agrotóxicos.
Igual aos remédios de tarja preta.
Identificar o comprador, o agrônomo responsável, o local e o produto que será utilizado, além do diagnóstico.A lei ainda exige a vistoria do profissional responsável, que pode ser um engenheiro agrônomo, florestal ou técnico de nível médico na área agronômica.

Qual o nosso resumo?
Enquanto o mundo não tiver produtos que vêm da própria natureza para controlar os organismos que comem ou disputam espaço com alimentos que são semeados para matar a fome de seres humanos, teremos que conviver com os agrotóxicos.
Assim como convivemos com usinas nucleares, cigarro, cerveja, uísque, trânsito das grandes cidades, provas de Fórmula-1, corrida de motos, paraquedismo, quedas de aviões de passageiros, etc.

O ser humano sabe como usar com cuidado.
E quem não tomar cuidado?
Para isso foram criadas as leis.
Seja no Brasil ou em qualquer outra nação.

Enquanto governos do exterior perseguem o agronegócio brasileiro, inclusive com mentiras, e apoio de jornalistas, formadores de opinião e ong´s brasileiros, seguimos alimentando o planeta e ainda cuidando do meio ambiente.
Até mesmo dos insetos, microrganismos e plantas daninhas que podem trazer prejuízos aos lavradores.
Tudo com muita tecnologia.

 

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