Um levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostrou que a procura pelo Seguro Pecuário avançou 71,9% nos primeiros cinco meses deste ano.
Passou de R$ 31,6 milhões em 2023 para R$ 54,4 milhões em 2024.
Resultado da necessidade de proteger investimentos e garantir a estabilidade da produção.
Mais de dez vezes a mais do que o segmento rural.
Goiás permanece na liderança dos estados com arrecadação total de R$ 8,8 milhões e avanço de 141%.
O estado é o terceiro com maior quantidade de bovinos: 24,4 milhões.
Atrás de Mato Grosso, com 34,3 milhões de cabeças, e Pará com 24,8 milhões.
O Seguro Pecuário indeniza o produtor em caso de morte dos animais.
E quando os preços ao produtor caem abaixo de um limite mínimo acordado com a seguradora.
Neste caso, a operação reduz o risco em períodos de alta volatilidade, funcionando de maneira similar a uma operação de hedge.
A diferença é que o seguro pecuário exige que o produtor tenha animais vivos para vincular à apólice.
Há, ainda, uma opção de seguro para as pastagens.
Em contrapartida, o total pago em indenizações pelo Seguro Pecuário representou uma queda de 33,9%, totalizando R$ 7,8 milhões.
A estabilização dos preços do boi foi a principal causa da redução no pagamento dos sinistros.
É importante que os produtores tenham noção de que as pastagens são fundamentais para a pecuária nacional, assim como a agricultura.
A Embrapa estima que o país tenha mais de 177 milhões de hectares de pastagens que servem para alimentar o gado e estão diretamente relacionadas ao rendimento dos rebanhos.
No Brasil, cerca de 95% da carne bovina é produzida em regime de pastagens.
Logo, os eventos climáticos podem acarretar a redução da qualidade dos pastos, que se tornarão menos proteicos, mais fibrosos e, portanto, de digestão mais demorada.
Atenção total nesse quesito.