12 de maio de 2020

PIB do Agronegócio cresce 2,42%! Por Riba Ulisses

O Produto Interno Bruto, o PIB, do agronegócio brasileiro cresceu 2,42% nos meses de janeiro e fevereiro deste ano.
Comparando com o primeiro bimestre de 2019.
Os números são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, a CNA, e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), ligado à Faculdade de Agronomia de Piracicaba, da Universidade de São Paulo.
O bom resultado foi alcançado graças ao crescimento de três segmentos do agro.

O primário, marcado pelos negócios que dizemos dentro da porteira das fazendas.
Os investimentos feitos pelos agricultores, pecuaristas, madeireiros, etc.
O setor de serviços, aqueles que atendem produtores e outros elos, como a distribuição de insumos agropecuários.
E o setor da agroindústria, aquele que processa todos os produtos, sejam grãos, madeira, carnes, entre outros.

Entrando mais dentro dos números.

A venda de insumos teve queda de 0,7%. O que não é necessariamente um dado negativo porque o grosso da comercialização ocorre antes do plantio da safra, que ocorreu no fim do ano passado.
O ramo pecuário teve expansão de 4,61% no bimestre.
Totalmente explicado pela evolução dos preços das carnes, embalada pelas ótimas exportações.
Bovinos e suínos foram mais procurados lá fora, por conta da Peste Suína Africana, que atrapalhou bastante as granjas chinesas, maiores produtoras disparado do planeta.
E acabaram abrindo espaço para frango e ovos dentro do mercado brasileiro.

O segmento agrícola subiu 1,33% na comparação com o primeiro bimestre de 2019.
O resultado da agricultura veio pela elevação do PIB na atividade primária e os preços maiores conseguidos por produtos como soja, milho e arroz.
O café também acabou beneficiado.

O que pensar sobre os números?
Bom, primeiro, entenda que cravar os números que mostram a evolução ou a queda de setores produtivos de uma economia leva um certo tempinho.
Por isso, só agora, em maio, estamos recebendo a informação de janeiro e fevereiro.

E o mercado sabia que era algo neste patamar.
Agronegócio crescendo pouco, mas acima da média brasileira.
Ainda estávamos enxugando gelo por culpa da demora nas reformas e a eterna briga entre Presidência da República, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal, o STF.
O novo coronavírus era apenas mais uma doença envolvendo a desconhecida ditadura chinesa.

Os números verificados em março e abril podem ser bem mais reveladores.
Vai pegar os primeiros casos da Covidde-19, as primeiras mortes e o início do confinamento social.
Mas os agentes econômicos acreditam que os resultados podem ser semelhantes ou superiores.
Vai depender do balanço entre os produtos que sofreram com a pandemia, como flores e frutas, e os que se deram bem, como alimentos, indústrias do segmento, etc.

De qualquer maneira, as exportações vão seguir dando as cartas.
É esperar pelos números.
Mas esperar trabalhando.
Na roça, na fazenda, na agroindústria, na logística, no transporte, na armazenagem, no atacado, na distribuição e no varejo.

O podcast radar agro fica por aqui.
Até a próxima!

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