7 de maio de 2023

Fertilizante Brasil em debate. Cuidado com os picaretas! Por Riba Ulisses

Foi publicado nesta sexta-feira, dia 5, no Diário Oficial da União, decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que reestrutura o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert).
É o colegiado que tem como principal atribuição revisar, debater e implementar o Plano Nacional de Fertilizantes, o PNF.
Que tem como objetivo reduzir a dependência externa na área.
Para algo entre 50% e 55% até 2050.

Os fertilizantes importados chegam a 85% dos produtos utilizados no Brasil.
Em duas décadas, o consumo de nutrientes agrícolas saltou de 20 milhões para 41 milhões de toneladas anuais enquanto a produção local caiu de 7,4 milhões para 6,4 milhões.

O PNF não foi criado durante este governo.
Muito menos pensado com bases em delírios de ‘socialistas e revolucionários de mesa de botequim’.

Infelizmente, o Confert será presidido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que tem como comandante o Vice-Presidente da República Geraldo Alckmin.
E agora vem a informação de que vai abrigar um verdadeiro ‘balaio de gatos’.
Gente dos ministérios da Agricultura e Pecuária; Ciência, Tecnologia e Inovação; Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Fazenda; Meio Ambiente e Mudança do Clima; Minas e Energia.
Além de Embrapa, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil; Confederação Nacional da Indústria, e Petrobras.

Ok, o assunto é transverso, abrange inúmeras áreas, mas o objetivo deve ser perseguido com rapidez, sem burocracia, e metas claras, sem devaneios:

O BRASIL NÃO QUER PRODUZIR TODO O FERTILIZANTE NECESSÁRIO PARA A AGRICULTURA NACIONAL.
QUER, APENAS, AUMENTAR O PERCENTUAL DA INDÚSTRIA NACIONAL.
O MÁXIMO QUE PUDER.
SEM ESTATISMO, DIRIGISMO, PROTEÇÃO NACIONAL, SUBSÍDIOS, ASSALTO AO BOLSO DO BRASILEIRO.

Infelizmente, o Confert vai estar nas mãos de Geraldo Alckmin.
Uma pessoa totalmente desqualificada para a missão.
Um médico de formação.
Político que marcou sua carreira por administrar e atuar com os partidos que defendem a livre inciativa, o liberalismo e a contenção da incompetência e dos saques pretendidos por partidos que alegam ‘defender os mais pobres’, mas querem mesmo é meter a mão no bolso do contribuinte.

No ano passado, jogou sua reputação no lixo ao se aliar a um corrupto condenado em três instâncias da Justiça brasileira e que acabou sendo ‘indultado’ pelo Supremo Tribunal Federal e eleito novamente presidente da república.
Renegou todas as bandeiras que sempre defendeu.
Enfim, provou ser uma pessoa de caráter bem duvidoso.

Ao falar sobre o tema, o ex-tucano citou todas as ‘cantilenas’ dos ‘socialistas’.
Dependência externa, dinheiro que sai do país para gerar divisas e empregos no exterior, respeito às questões ambientais e sociais, desabastecimento, inadequação tecnológica dos insumos ao solo e ao clima brasileiros.
Não dá para falar de outra forma.
É muita picaretagem.

Nos últimos quarenta anos, o Brasil tornou-se uma potência agropecuária graças, entre outras coisas, ao uso de insumos como os fertilizantes importados.
E transformou esse insumo em alimentos, produtos que levaram conforto e saúde a bilhões de pessoas, no Brasil e no planeta.
Fez riqueza, distribuiu riqueza, criou empregos e gerou saldos gigantescos na balança comercial do país.
Dizer o contrário é, antes de ser uma patifaria, uma mentira gigantesca.

A fertilização do solo é fundamental para aumentar a produtividade da lavoura instalada.
A maior parte dos fertilizantes químicos são compostos produzidos a partir do Nitrogênio, Fósforo e Potássio, conhecidos pela sigla NPK.
Fósforo e Potássio são encontrados em rochas e minerais, enquanto o Nitrogênio é produzido a partir de uma fonte de energia, sendo o gás natural a mais comum.
A combinação desses elementos dá origem a nutrientes essenciais para o bom desenvolvimento da planta.

Os maiores produtores e exportadores da fórmula NPK são Rússia, China, Estados Unidos, Canadá, Marrocos e Bielorússia.
O Brasil, pelo tamanho de sua agricultura, está entre os maiores consumidores.
Assim como a maioria das nações agrícolas do planeta.

Nosso país possui grandes reservas de matérias-primas necessárias à produção de fertilizantes.
Como gás natural, rochas fosfáticas, potássicas e micronutrientes.
Mas o conhecimento e a exploração dessas reservas demandam grandes estudos, muitos investimentos, o que é desestimulado pelas costumeiras medidas tomadas por governos ‘ditos de esquerda’, que demonizam os investimentos nacionais e estrangeiros, quebram as estruturas produtivas da economia, torram o dinheiro do cidadão, causam inflação, invadem espaços produtivos que deveriam estar nas mãos da iniciativa privada.

Não costumo apoiar nenhum ‘plano estatal’ que pretenda levar riqueza a um segmento produtivo da economia.
O Brasil levou em frente vários planos fracassados, com as mesmas intenções.
Alguns até deram certo.
Mas em momentos muito distintos da Economia mundial.

OK, vamos apoiar a iniciativa.
Mas é imperioso vigiar de perto o Geraldo.
O homem que está sentado na cadeira de presidente e tem ideias rudimentares sobre Economia, para dizer o mínimo.
Os empresários oportunistas, que adoram ‘mamar na teta do bolso do contribuinte brasileiro’.
O ´faz tudo do PT’ que ganhou o cargo de Ministro da Economia e tenta convencer a sociedade e o mercado de que 1 + 1 não é 2.
O produtor rural que virou Ministro da Agricultura, mas precisa ficar esperto para não ser engolido por bandidos do MST, professores das universidades federais e espertalhões de olho no dinheiro gerado pela competência do Campo do Brasil.

Em último caso, jogamos o Confert no lixo.
O Brasil saiu de importador de alimentos a exportador de comida, energia, fibras e energia em 50 anos, graças a profissionais e dirigentes competentes, trabalhadores, honestos.
Não por causa de programas ‘abraçados’ por espertalhões de última hora.

Viva o Agro empreendedor do Brasil!

 

 

 

 

 

 

Canal AgroRevenda

 

Papo de Prateleira

 

Newsletter

Receba nossa newsletter semanalmente. Cadastre-se gratuitamente.