A brasileiríssima JBS, maior empresa processadora de carnes do mundo, fechou o quarto trimestre do ano passado com um lucro líquido de quatro bilhões de reais.
Resultado 65% acima do mesmo período de 2019.
Graças às exportações para a China, consumo firme no Brasil e nos Estados Unidos e o câmbio favorável.
Marca bem superior ao que esperavam muitos analistas.
75% das vendas globais foram realizadas nos mercados domésticos em que a indústria atua.
O restante foi de vendas externas.
A empresa é dona das marcas Swift e Friboi no Brasil.
E da Pilgrim’s Pride nos Estados Unidos.
E trabalha com uma montanha de carne bovina, um pouco de suína e bem pouquinho de carne de frango.
O balanço da empresa foi comemorado pelo Diretor Financeiro internacional Guilherme Cavalcanti.
Com a frieza natural de quem é da área.
Ele disse que “foi um bom resultado operacional”.
E que os negócios do Brasil tiveram a Seara como destaque.
O balanço mostra os números e expressões naturais do mundo das finanças.
Receitas, lucro líquido, Ebitda, geração de caixa livre, desempenho operacional, variação cambial, alavancagem, dividendos, ativos.
E aponta um início de ano mais complicado por causa da explosão dos preços da soja e do milho, além da economia cambaleante no Brasil e inúmeros outros países.
Mas nada que impeça margens positivas nos negócios.
Até por causa do valorização da arroba bovina e da procura sem fim por alimentos no planeta inteiro.
A JBS foi personagem principal na corrupção investigada e descoberta pelos procuradores da Operação Lava Jato durante os governos Lula e Dilma.
A empresa foi achacada, pressionada e obrigada a financiar campanhas políticas e pagar propinas a políticos ligados ao Partido dos Trabalhadores.
Errou.
E vem pagando pelo que fez de errado.
Mas nunca deixou de ser uma empresa ousada, moderna, eficiente e inovadora.
No Brasil e no exterior.
E prova isto com balanços financeiros como esse.
Mesmo tendo acionistas e diretores sendo processados até hoje.
Por outro lado, o Supremo Tribunal Federal anulou, nesta mesma semana, duas condenações do corruptor Lula, nos casos da Petrobrás, usando para isso provas ilegais, sem perícia oficial, obtidas por criminosos que grampearam o Juiz Sérgio Moro e procuradores federais de Curitiba.
No Brasil, o crime compensa.
Trabalhar bem, nem tanto!
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