25 de janeiro de 2022

FMI: ômicron derruba economia mundial! Por Riba Ulisses

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu as previsões de crescimento econômico para Estados Unidos, China e o mundo.
Os motivos são a incerteza sobre pandemia, inflação, interrupções na oferta e aperto monetário dos EUA.

A projeção inicial era de crescimento global de 4,9% e agora foi revisto para 4,4%.
O FMI informou que a rápida disseminação da variante Ômicron levou a novas restrições de mobilidade em muitos países e aumentou a escassez de mão de obra, ao mesmo tempo que paralisou o fornecimento e alimentou a inflação.

A expectativa é que a Ômicron pese sobre a atividade econômica no primeiro trimestre de 2022 e abrande depois já que está associada a casos menos graves.

Outra previsão é que o crescimento global desacelere para 3,8% no ano que vem.
No geral, a pandemia pode resultar em perdas econômicas acumuladas de 13,8 trilhões de dólares até 2024.

O FMI cortou sua previsão de crescimento dos EUA em 1,2 ponto percentual por causa do fracasso do presidente norte-americano, Joe Biden, em aprovar um pacote de gastos sociais e climáticos, o aperto precoce da política monetária do país e a contínua escassez de oferta.
O Fundo prevê que os EUA vão crescer 4% em 2022, depois de expandir 5,6% no ano passadso, e chegar a 2,6% em 2023.

A previsão para a economia da China é de 4,8% em 2022, após evolução de 8,1% em 2021.
E o número chinês em 2023 deve ficar em 5,2%.
O Fundo também cortou sua previsão para a zona do euro em 0,4 ponto percentual, devendo cravar 3,9% em 2022, com desaceleração para 2,5% em 2023.

A instituição reduziu, ainda, em 1,2 ponto percentual cada sua previsão de crescimento em 2022 para Brasil e México, as maiores economias da América Latina.
O Brasil agora deve crescer 0,3% neste ano e o México, 2,8%, enquanto a região deve expandir 2,4%, 0,6 ponto percentual abaixo da previsão anterior.
Índia e Japão tiveram leve melhora nas projeções para ambos.

O FMI também alertou que o surgimento de novas variantes da Covid-19 pode prolongar a pandemia e induzir novas interrupções às atividades, enquanto problemas na cadeia de suprimentos, volatilidade nos preços da energia e pressões salariais localizadas representam mais riscos.

Embora as economias continuem a se recuperar do choque da pandemia, o ritmo das recuperações está divergindo amplamente entre países ricos e mais pobres.
O estudo do FMI indica que, enquanto as economias avançadas devem retornar à tendência pré-pandemia neste ano, vários mercados emergentes e economias em desenvolvimento enfrentam perdas de produção consideráveis.
Mais setenta milhões de pessoas viviam em extrema pobreza após a pandemia, retardando o progresso na redução da pobreza em vários anos.

O FMI defende a garantia de acesso mundial a vacinas, testes e tratamentos para reduzir o risco de outras variantes perigosas da COVID-19, enquanto muitos países precisam aumentar as taxas de juros para conter as pressões inflacionárias.

 

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