5 de janeiro de 2021

Emprego do agro cresce em jul-set! Por Riba Ulisses

A população brasileira ocupada no agronegócio cresceu 1,3% no terceiro trimestre de 2020, na comparação com o trimestre imediatamente anterior.
Um aumento de 217 mil pessoas.
Número bem diferente dos empregos gerais.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP, o CEPEA cravou em 16,94 milhões de pessoas ocupadas formalmente no período, diminuição de 1,06%, ou  883 mil pessoas.
Os pesquisadores explicaram que a recuperação no mercado de trabalho do agronegócio ocorreu após o período considerado como o mais crítico em termos dos efeitos da pandemia de covid-19 sobre o setor, de abril a junho.
A participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro alcançou 20,55% no terceiro trimestre de 2020.
Porém, se compararmos o terceiro trimestre de 2020 com o mesmo período de 2019, houve queda expressiva no número de ocupados no agronegócio de 7,58%, o equivalente a 1,39 milhão de pessoas.
A diminuição mais expressiva na comparação entre terceiros trimestres desde o início da série histórica do Cepea, em 2012.
No caso da população ocupada brasileira total, também entre o terceiro trimestre de 2020 e o mesmo período de 2019, a baixa foi ainda mais intensa, de 12,09%, o equivalente a 11,34 milhões de pessoas.

Entre os perfis de trabalhadores, as reduções mais significativas de julho a setembro em 2020 frente ao mesmo período de 2019 em número de ocupados foram observadas para empregados, com e sem carteira assinada, para trabalhadores com menores níveis de escolaridade e para mulheres.
Setorialmente, em geral, as perdas mais acentuadas no número de ocupações ocorreram na agroindústria e nos agrosserviços. Por serem comportamentos atípicos ou de magnitude mais elevada do que a usual, é provável que essas perdas estejam, em partes, relacionadas à crise da covid-19.

Em relação aos rendimentos efetivos mensais, entre os terceiros trimestres de 2019 e de 2020, houve aumento real na média para os empregados (4,8%) e para os empregadores (5,7%).
E queda para trabalhadores por conta própria de 4,2%.
Em partes, as altas também podem ser explicadas pela saída do mercado de trabalho, diante da pandemia, de trabalhadores mais vulneráveis e que recebiam salários menores.

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