Ele é um poço sem fundo de conhecimento em agronegócio, geografia, religião, cultura e território brasileiro.
E desfilou novamente, e brilhantemente, informações de alta qualidade na última reunião da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementação Mineral, a ASBRAM, na capital paulista.
Falou da potência produtiva do nosso país em inúmeros setores.
Grãos, carnes, cana, energia, algodão, celulose, ervas, frutas, legumes, verduras, madeira, gergelim, óleos, etc. etc.
E em áreas pouco conhecidas dos brasileiros.
Como o óleo de soja presente no pneu de veículos.
As vacinas reproduzidas em ovos de mais de oito milhões de galinhas.
E o pênis bovino usado em ossos de mastigar para os animais de companhia.
Ressaltou que o Brasil disputa de igual para igual com outros poderosos do agro, como Estados Unidos, Índia e China.
E mais.
Tem vantagens.
Como terras ainda em condições de utilização.
Os outros não têm.
Falou da garra e da energia dos produtores brasileiros.
Até brincou.
Disse que não adianta países importarem as tecnologias brasileiras se não conseguirem levar junto os agricultores gaúchos.
Desmistificou mentiras e exageros ditos sobre meio ambiente e sustentabilidade.
Deu exemplos de várias tecnologias criadas aqui dentro, há mais de quarenta anos, em nome da conservação das terras.
Plantio direto, integração, produtos biológicos, código florestal, intensificação pecuária.
Insistiu que negócio e tecnologia andam de mãos dadas com a agricultura regenerativa.
Emendou: “Quem está no vermelho não investe no verde”.
Martelou que a Amazônia não está sendo destruída.
Ao contrário.
Apontou que áreas desmatadas há décadas já se tornaram florestas densas novamente.
O agrônomo e ecólogo que viajou o planeta já deixou o trabalho público, depois de liderar três centros da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Mas trabalha como um touro.
Escreve, faz televisão, está na internet, comanda um grupo de trabalho com pesquisadores na análise de diversos temas.
Como sempre, levou os olhos pequenos, que não param de piscar, para o aeroporto.
Almoçou rápido e foi em busca de novas palestras, muitos encontros e debates.
Deixou os ouvintes pensando sem parar em várias provocações.
“Gosto mais de dados do que de opiniões”.
“Se o MST conseguir produzir apenas o volume de panetones que o Brasil coloca no mercado a cada ano já será um avanço de produtividade do movimento”.
“Refletir é incomodar os próprios pensamentos”.
“O papel da comunicação é, primeiro, levar a informação. Para sermos conhecidos. E, então, sermos reconhecidos. Pelo menos, para as pessoas honestas”.
“O Brasil preserva a vegetação nativa como nenhum outro do planeta”.
“Nosso país desenvolveu um modelo competitivo de agricultura tropical sem paralelo no mundo”.
“Os sistemas alimentares do mundo estão em crise. E o Brasil passa longe disso. Pelo contrário. Está no centro de um novo eixo geopolítico mundial: o da Alimentação”.
“Agricultura é mutante. E sustentável porque é gigante e diversificada”.
“O Agro Brasil exportou 167 bilhões de dólares em 2023. Para 180 países. E todos eles confiam na qualidade e sanidade de nossos produtos”.
A vida vale a pena quando ouvimos ou conhecemos gente tão brilhante.
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