20 de novembro de 2020

Donald Trump não está de todo errado! Por Riba Ulisses

Pelo jeito, Donaldo Trump não estava errado.
E Joe Biden, se conseguir assumir a cadeira de presidente do país mais poderoso do mundo, vai copiar o Trump ‘tim-tim-por-tim’ quando o assunto for guerra comercial contra os chineses.
No domingo passado, a Ásia formalizou a criação do que pode ser o maior bloco comercial do mundo.
Um grupo de vários países do sudeste asiático e da Oceania, apoiados pela China e que deixa de fora o mercado consumidor mais valorizado do planeta, os Estados Unidos.
Um acordo assinado na simbólica cidade de Hanói, palco da Guerra do Vietnã, que humilhou o exército americano, mas, ao mesmo tempo, plantou regimes totalitários e sangrentos por toda a região.

São quinze economias.
Várias ditaduras.
E estrelas da democracia ocidental vitoriosa do pós segunda guerra mundial, como Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia.
O nome de batismo foi: Parceria Econômica Regional Abrangente, que vem da sigla em inglês, RECP.
Um cenário bem diversificado quando o assunto é status comercial, sanitário, produtos de qualidade e respeito ao consumidor.
São nações com rincões de riqueza e alta tecnologia, áreas de pobreza absoluta, centros produtivos altamente evoluídos e cadeias de produção sem o menor cuidado com sanidade e bem-estar animal.
Um mosaico sem fim.

E qual a chance deste agrupamento dar certo?
A resposta está na disputa entre China e Estados Unidos.
O tema preferido do presidente Donald Trump.
E que teve o apoio de nada menos do que 70 milhões de eleitores americanos no pleito presidencial.

Desde 2009, a China tentava costurar o acordo.
O presidente americano Barak Obama perdeu tempo dando atenção a jornalistas e grupos de minorias étnicas americanos, que o acusavam de interferência indevida na Ásia.
Em resumo: comeu bola, prejudicou a ação internacional do presidente Trump de interferir minimamente nos termos do acordo asiático e criou um problemaço comercial aos Estados Unidos.
Obama permitiu que a China ocupasse a melhor posição para moldar as regras comerciais daquela região.
E ainda impediu a participação americana dentro da Parceria Transpacífica, deixando a maior economia do mundo de fora de dois grupos comerciais que abrangem a região de crescimento mais rápido do planeta.

O problemão caiu no colo do Biden, se ele se tornar efetivamente presidente dos EUA.
Um presente de grego dado pelo apoiador e democrata Obama.
O que Biden vai fazer?
Confrontar a China com mais veemência do que faz Trump.
Os chineses vão inundar ainda mais os parceiros com produtos vagabundos, piratas e também ofertas de valor.
Mas não vão encontrar grãos, carnes, açúcar, etanol e celulose no volume que necessitam.
Estados Unidos, e Brasil também, vão precisar descobrir e ocupar esses tipos de espaço para permanecer fazendo negócios com o gigante vermelho.

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