19 de dezembro de 2021

Como entender a União Europeia? Por Riba Ulisses

É um pedaço do mundo com uma história riquíssima nos últimos mil anos.
Tão importante e conhecido quanto os outros dois continentes milenares, Ásia e África, que fincaram culturas de conhecimento tão importantes quanto.
Nesta seara, América e a Oceania foram coadjuvantes.

A Europa é o berço de civilizações brancas, duas guerras mundiais e potências que dominaram quase 75% das terras do planeta.

Sem falar nas guerras internas.
Os europeus se amam.
E se odeiam.
Com a mesma intensidade.

Atualmente, copiando uma frase que virou chavão na Geopolítica moderna, a União Europeia ‘é um lugar de contrastes’.

Jamais uma União.
A Inglaterra acaba de pular do barco.
Outros países ameaçam fazer o mesmo.
A Alemanha finca o pé na União para dominar ainda mais economicamente os vizinhos.
A França também faz a mesma aposta, mas por motivos distintos.
É uma economia gigante, mas em decadência, vítima de sindicatos, produção ineficiente, proteção de mercados, políticos corruptos ou demagogos, e uma avalanche de imigrantes ilegais.

Porém…
Eles têm 400 milhões de consumidores com grana boa nos bolsos.
Tanta que se fazem de enjoados.
Nos últimos séculos, dilapidaram as riquezas naturais de dezenas de nações, destruíram o meio ambiente em metade da Terra, assassinaram milhões de colonizados em guerras sanguinárias,  escravizaram negros, indígenas e brancos.

Mas hoje só dizem comprar produtos de países que cuidam das florestas, dos índios, dos negros, das crianças e dos trabalhadores legalizados.

Logicamente, é uma mentira.
Eles protegem os produtores incompetentes, criam barreiras ilegais, lutam até o fim na defesa de seus mercados e suas empresas.
Mas não conseguem produzir muito do que a classe rica deseja comprar.

Nesta semana, criaram mais um problema.
Para variar, com o Brasil.
Suspenderam a importação de carne de nossos frigoríficos por suposta relação com desmatamento.

Um ato precipitado e arbitrário, para proteger grupos econômicos da Holanda (Ahold Delhaize, que inclui as marcas Delhaize e Albert Heijn), Lidi Netherlands (que pertence ao grupo alemão Lidl), da Bélgica (Carrefour Belgium – subsidiária do grupo francês do mesmo nome), da França (Auchan) e da Inglaterra (Sainsbury’s e Princes Group).

O mais pitoresco é que os boicotes foram anunciados após uma acusação de duas ONG´S.
Sem qualquer investigação.
Decisão refutada imediatamente pela JBS.

A imensa maioria dos pecuaristas brasileiros atua dentro de práticas sustentáveis, tanto que o Brasil é um grande player exportador mundial.

Mas, o que os agentes das cadeias produtivas brasileiras devem fazer?

Em primeiro lugar, manter a calma e sempre reiniciar as negociações.
Como recentemente, no caso da China e da carne bovina brasileira.

Em segundo lugar, acionar os organismos internacionais, fazer a própria defesa, invocar normas aceitas e conciliadas por diversos países.
Sem emoções e declarações bombásticas.
Muito esforço diplomático.

Conhecer na palma da mão as exigências dos clientes.
O que querem?
Como querem?
O que exigem?
Certificar ao máximo. Sempre. Tudo.
Para entregar informação. Da origem à gôndola.
Se eles toparem, quanto pagam?

E vender.
Entregar.
Atender.
Manter.

Mesmo em meio a barreiras ilegais.
Mesmo com estardalhaço das empresas de comunicação, ong´s picaretas, políticos sem caráter.

Vamos negociar.
Sempre.
E vender grãos, carnes, papel, celulose, algodão, fibras, energia, cana, etc.
Fazemos isso muito bem.
Nunca se esqueçam disto!

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