11 de dezembro de 2022

CCAS alerta para mentiras sobre defensivos químicos! Por Riba Ulisses

O Conselho Científico Agro Sustentável, o CCAS, já deixou claro que atua para combater as mentiras.
E o presidente do grupo, José Otávio Menten, apontou que há pouco tempo, enquanto o Congresso Nacional tentava modernizar a lei de defensivos, que está em pauta há mais de 20 anos, a ONG Greenpeace atacou o Agronegócio brasileiro afirmando que nosso país ‘come veneno’.

A mentira estava em uma charge que mostrou uma criança assistindo a Copa do Mundo.
Ela pergunta para a mãe se é verdade que nós, brasileiros, comemos veneno enquanto os outros países não.
E a mãe responde que sim.

José Otávio Menten esclarece que as pessoas confundem a liderança no mercado com o consumo.
O consumo é expressado por meio da quantidade de defensivos que são aplicados por área ou produto colhido.
Se levarmos em consideração esses indicadores, que são os corretos, o Brasil fica em posição muito abaixo de países como Holanda, França ou Japão, considerados países desenvolvidos.
Ou seja, nós usamos bastante aqui porque produzimos muito.
Temos um mercado muito grande porque temos uma área grande, fazemos duas ou três safras ao ano e somos um país tropical, onde as pragas são frequentes.
Porém, o agricultor só usa quando realmente necessário e com todo o cuidado porque ele não quer gastar mais do que o necessário para plantar e colher.

O professor ainda ressalta que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) tem um programa nacional de controle de resíduos.
E a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) também atua e já demonstrou que a quantidade de resíduos é ínfima aqui no Brasil.
Praticamente irrelevante.

Menten acrescenta que as pessoas também confundem o consumidor, porque o relatório elaborado pela Anvisa, que é um programa chamado Programa de Análise de Resíduos em Alimentos (PARA), chama de inconformidade quando temos resíduos de produtos em culturas que não se tem produto registrado para ela.
E emenda: “O projeto de lei que desejamos aprovar vai ajudar a regularizar, aumentar o número de registros, que é uma questão unicamente legal, para essas culturas menores que são, de maneira inadequada, relatadas como inconformidade, mas não por excesso de produto.
É que a simples presença já caracteriza o uso impróprio, porque são as minor crops (pequenas culturas), com culturas com suporte fitossanitário insuficiente.

O presidente do CCAS alerta que o cerne da disseminação de mentiras é falta de conhecimento.
Logo, a importância de se buscar opiniões baseadas em Ciência.

E denuncia: “As pessoas que realmente conhecem o assunto têm menos chance de aparecer nos meios de comunicação do que as ONGs ou os influenciadores digitais.
Por isso as mentiras estão se propagando.
Por razões ideológicas, falta de conhecimento e interesse econômico”.

E concluii: “As mentiras prejudicam o povo do país, que fica alienado, e a relação do Brasil com a exportação, o que traz reflexos negativos para todos na cadeia produtiva.
O Brasil é a grande potência agrícola e ambiental.
Alimentamos quase um bilhão de pessoas no mundo inteiro, existem interesses de países que são nossos competidores e gostariam de implementar barreira não tarifária, como a de imagem irreal de que nossos alimentos podem estar contaminados com defensivos agrícolas.
Mas não é assim.
Existe controle no Brasil.
Os supermercados fazem levantamento sistemático da qualidade dos alimentos.
E todos esses países que importam nossos alimentos também fazem.
Eles não estariam comprando se tivessem prejuízo na qualidade.

Não é fácil entender o pensador José Otávio Menten?
Mais claro, impossível!

 

Canal AgroRevenda

 

Papo de Prateleira

 

Newsletter

Receba nossa newsletter semanalmente. Cadastre-se gratuitamente.