14 de novembro de 2020

Brasil espalha frutas secas pelo mundo! Por Riba Ulisses

A balança comercial do Agro Brasil tem novas estrelas começando a brilhar.
São as nozes, castanhas e frutas secas.
O nosso agro bateu recorde histórico de exportações no primeiro semestre deste ano, com US$ 52 bilhões.
E o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo, confirmou que não embarcamos mais somente soja, algodão, açúcar, carnes, etanol e celulose.

O consumo mundial de nozes, castanhas e frutas secas vem crescendo 6% a cada ano.
O número é do International Nut Council, a associação que representa o segmento.
A Associação Brasileira de Nozes, Castanhas e Frutas Secas informou que o setor vive uma espécie de retomada.
As exportações anuais já foram de 250 milhões de dólares, em 2009, 2010 e 2011.
Mas desabaram nos anos seguintes.
Em 2020, a previsão é de um faturamento de 137milhões de dólares.

Para correr atrás do prejuízo, os produtores e as empresas precisam de menos burocracia sanitária.
Melhoria do registro de produtos.
Incentivos tributários para duelarmos com os produtores dos Estados Unidos e da China, que financiam descaradamente os seus produtores.
Ter mais dinheiro de financiamentos de longo prazo.
Descobrir novos mercados.
Mapear detalhadamente a atividade no Brasil.
Comunicar bem mais os benefícios e as propriedades nutricionais dos produtos.
Criar um selo de qualidade para ser referência nacional e internacional.
E cavar espaços no fornecimento para as indústrias de cosméticos.

É importante conhecer melhor as frutas secas produzidas no Brasil, para se vislumbrar com mais clareza o seu potencial.
Caso da baru, colhida por famílias de forma extrativista do Triângulo Mineiro, Norte de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A castanha de caju nacional é produzida principalmente no Nordeste, com elevado consumo e representa 3% do mercado mundial.
No ano passado, colhemos 122,6 mil toneladas.
No Norte, a produção é de 40 mil toneladas por ano.
Mais da metade é consumida aqui dentro mesmo.
Rende por ano 430 milhões de reais sustenta 60 mil famílias e as atividades de 100 cooperativas.
Já a noz-pecã teve 3,5 mil toneladas colhidas em 2019.
Somos o quarto maior produtor, atrás de México, Estados Unidos e África do Sul.
O cultivo brasileiro concentra-se em terras gaúchas.
A macadâmia, originária da Austrália, já tem um milhão de árvores plantadas e envolve o trabalho de 150 produtores e 1.200 trabalhadores.
Há ainda plantações em São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Os especialistas afirmam que as frutas secas são como cápsulas cheias de nutrientes concentrados.
Nozes e castanhas são ricas em gordura vegetal, com presença do ácido alfa-linolênico (do tipo Ômega 3), benéfico para a prevenção cardiovascular.
Elas também ajudam o meio ambiente, pois suas árvores misturam-se com outras espécies.
Podem ser cultivadas em terrenos irregulares, montanhosos, que não são bons para a agricultura.
São altamente sustentáveis e rendem margens ótimas aos produtores.
Sem falar que criam muitos empregos e renda para famílias pobres do campo.
È isso aí.
O Brasil firmando sua posição de fornecedor global de alimentos.
Diversificando a produção, criando renda aqui dentro e trazendo dólares de fora para acertar a dívida bilionária o que Brasil tem com os credores internos e que impede um crescimento decente da economia do país.

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