3 de dezembro de 2021

Altas nos fertilizantes chegam a 200%! Por Riba Ulisses

O ano da pandemia afetou como nunca o Agronegócio por causa dos fertilizantes.
O produto fabricado com o uso de nitrogênio (gás natural) por causa da logística e procura pela energia.
A inflação dele chegou a 200% neste ano.

Os fosfatados ainda mais.
Bateu na casa de 220%.
A fabricação de amônia, usada na composição do produto, também foi fortemente impactada, com empresas como a Yara anunciando a redução de 40% de sua capacidade na Europa, enquanto a CF Industries decidiu fechar duas fábricas no Reino Unido.

Ao mesmo tempo, países como a China, um dos maiores fornecedores mundiais de fertilizantes, decidiram estocar o produto para se defender da alta dos preços.
Hoje, os agricultores brasileiros já estão esperando 90 dias ou mais para receber insumos utilizados na lavoura.
Antes da pandemia, levava em média um mês,

O potássio, outra matéria-prima essencial dos fertilizantes, já subiu 176%.
A ureia 130%
O herbicida glifosato 150%.

E o impacto maior pode vir nas safras 2022 e 2022/2023.
Porque tudo o que foi usado agora já havia sido comprada com antecedência.

O Brasil importa mais de 70% dos fertilizantes e 60% dos defensivos utilizados na lavoura.

Até porque o país não tem indústria para dar conta da necessidade de insumos agrícolas.

O Ministério da Agricultura montou uma proposta para minimizar a necessidade de importações de adubo no setor agrícola.
É o Plano Nacional de Fertilizantes.
A dúvida é que os bons efeitos podem demorar a chegar.

Um dos pilares do plano é a desburocratização da cadeia de produção de minérios utilizados na fabricação de fertilizantes e incentivos tributários à indústria.
Um pacote com medidas fiscais e tributárias também tramita na Câmara.
A nova legislação prevê a criação do Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes (Profert).
O objetivo é desonerar a implantação e modernização de fábricas de fertilizantes.
Também propõe a redução do PIS e Cofins.

É um esforço para incentivar a produção nacional e atrair investimentos para o setor.
Para que o Brasil dependa menos das importações desses insumos.

A ver!

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