24 de outubro de 2020

Adido Agrícola bom faz bem ao Brasil! Por Riba Ulisses

Qual a importância dos adidos agrícolas para um país?
Eles funcionam como assessores permanentes das representações diplomáticas brasileiras no exterior.
Precisam identificar oportunidades, desafios e possibilidades de comércio, investimentos e cooperação para o agronegócio brasileiro.
Falam diretamente com representantes dos setores público e privado das nações estrangeiras e interagem com importantes formadores de opinião, na sociedade civil, imprensa e academia.

O governo brasileiro aumentou o número de adidos agrícolas brasileiros junto às representações diplomáticas no exterior de 25 para 28.
O Brasil conta hoje com 24 adidos agrícolas ativos lotados em 22 países.
Pequim e Bruxelas contam com dois adidos cada.
Uma vaga está em aberto em Genebra, na Suíça, e deve ser preenchida ainda em 2020.

Os novos adidos agrícolas irão trabalhar em cargos estratégicos, que vão ser definidos pelos Ministros das Relações Exteriores e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o MAPA.
E começam a atuar no início de 2021.
O Governo federal deu um aperto nas exigências.
O adido precisa de no mínimo dez anos de trabalho como servidor público federal.
Ocupando um cargo efetivo ou empregado do quadro permanente de empresa pública federal, ou de sociedade de economia mista federal.
Antes, o prazo era de quatro anos.

A ideia é adequar os candidatos à experiência esperada para o cargo, que tem agora equivalência ao posto de Conselheiro da carreira diplomática.
Outra nova exigência é que o servidor esteja em exercício no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ou em uma de suas entidades vinculadas.
E isso é ótimo.
Vai dar intimidade ao adido com os principais assuntos de Governo que o MAPA precisa levar adiante.

O que seria um mandato vai ser de quatro anos consecutivos.
E mais nada.
Antes, o prazo era de dois anos e podendo ser prorrogado.

Os adidos agrícolas têm sido reconhecidos como agentes para maior inserção da agropecuária brasileira nos mercados internacionais.
Neste ano, em uma plataforma virtual, eles participaram de quinhentas reuniões com diversos representantes das empresas brasileiras.
É fácil entender.
As empresas brasileiras querem vender cada vez mais para outros países.
Para abrirmos novos mercados, precisamos provar aos governos dos países que nossos produtos são bons, cumprem as determinações legais, sanitárias e mercadológicas de cada um deles.

E o mais importante.
Negociar e conseguir a aprovação de novas transações com os presidentes, primeiros ministros e ditadores dos outros países.
É onde tudo começa.
Com os políticos.
Por isso, bons embaixadores e bons adidos são fundamentais para o Brasil exportar mais, ganhar mais dólares.

Em resumo, tudo é business.
Mas, bem antes, precisa ser politics.

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