3 de novembro de 2021

A COP 26 está 10! A Mídia Brasil é Zero! Por Riba Ulisses

Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021.
COP26.
Em Glasgow, na Escócia.
É o espetáculo de sempre.

Um encontro criado para a exibição e promessas de políticos.
Presidentes, Primeiros-Ministros, ditadores, ex-condenados.
Demagogos, competentes, tiranos, eleitos, indicados, descabelados, sorridentes, austeros, cínicos, nervosos, calmos.

No entorno, uma fauna sem fim.
Índios de verdade, índios que falam inglês, índios com celular e lap top, índios com o carro estacionado enquanto discursam.

Atores de hollywood, ong´s, executivos de pastinha e gravata, vendedores de bugigangas, funcionários de empresas de produtos chamados de orgânicos, naturais, verdes, certificados.

Todos ajudaram a lançar toneladas e toneladas de gases poluentes na atmosfera para chegar a uma das ilhas do Reino Unido.
De carro, avião, trem, navio.

E centenas de jornalistas.
Do planeta inteiro.
Empregados de empresas de comunicação dos cinco continentes.

Todos com discurso já encomendado pelos chefes de redação e patrões, antes mesmo de pisarem na terra da gaita de fole.

Poucos contam um pingo de verdade sobre o que realmente está sendo decidido na COP 26.

Pois vamos lá.

Mais de 100 líderes se comprometeram a reverter o desmatamento até o fim desta década.
Reduzir as emissões de gás metano em até 30% na comparação a 2020.
Prometem torrar US$ 19 bilhões em fundos públicos e privados para proteger e restaurar florestas.

O compromisso inclui metade dos 30 principais emissores de metano, que respondem por dois terços da economia mundial.
O Brasil do Presidente Jair Bolsonaro está dentro.
Quatro gigantes emissores vazaram.
China, Rússia, Índia e Austrália.

Tem mais.
Dez das maiores corporações globais do Agro comprometeram-se a adotar um roteiro setorial de medidas ambientais até a COP27, prevista para novembro do ano que vem.

Potências como ADM, Amaggi, Bunge, Cargill, Golden Agri-Resources, Louis Dreyfus Company, Olam, Wilmar e Viterra.

A brasileiríssima JBS foi mais longe e jurou de pés juntos: emissões líquidas zero de carbono até 2040.

Outros oito grupos, do setor financeiro e agronegócio, cravaram que vão investir US$ 3 bilhões na produção de soja e criação de gado sustentável na Amazônia, no Cerrado e Chaco.

Gente do porte de Green Fund, Rabobank AGRI3, DuAgro, Grupo Gaia, JGP Asset Management, Syngenta, Sustainable Investment Management e VERT.

A COP26 ainda decidiu manter viva a meta de limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.
Doze países informaram que vão fornecer US$ 12 bilhões até 2025 para os países em desenvolvimento restaurarem terras degradadas e combater os incêndios florestais.

E o Brasil fez mais?
Sim.
A Embrapa apresentou mapas de estoque de carbono orgânico do solo e todos os números da revolução da Integração Lavoura Pecuária e Florestas.

E o Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA) detalhou os projetos inseridos no programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC).

Bom, como a COP é feita por e para políticos, tudo é promessa.
O dito.
É fala.

A ver.
E cobrar.
Afinal, político que está na COP26 pode perder eleição e não estar na COP27, COP28, COP29, etc.

E as empresas de comunicação do Brasil?
A maioria estava atrás do presidente Jair Bolsonaro, na Itália.
Como diria minha mãe, “procurando sarna para se coçar”.

As que foram para a Escócia, ao mesmo tempo, noticiaram tudo.
Aparentemente.
Esconderam o máximo que puderam a posição firme de apoio ao Meio Ambiente deixada pelo Brasil na COP26.

Meu conselho a você?

Varie bem as fontes de informações que você busca.
Só assim para escapar da vilania das empresas de comunicação do nosso país.
Dá trabalho descobrir quem fala a verdade e quem mente para a gente.
Na vida pessoal e na Mídia.

Canal AgroRevenda

 

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