29 de novembro de 2020

2021: para onde irão grãos e carnes? Por Riba Ulisses!

Para onde vão caminhar os preços dos grãos e das carnes brasileiras em 2021?
Os preços da soja e do milho deverão seguir valorizados em 2021, o que anima os lavradores, mas desafia como nunca os produtores de carnes.
Principalmente os criadores de frango e confinadores de bovinos.

A análise é dos especialistas da Consultoria de Agronegócios do Itaú BBA
Eles afirmam que o mercado de grãos vai para outra safra muito positiva de preços e trocas.
A China continua compradora de soja, mas o Brasil, mesmo sendo o maior produtor e exportador do mundo, sofre com um clima irregular que atrasou um pouco o plantio.
E há preocupações com o impacto do La Niña para as lavouras do Sul brasileiro e da Argentina.

No milho, a história é semelhante.
Não há muito espaço para que os preços caiam até a entrada da segunda safra do Brasil, na metade do ano que vem, quando chega a maior colheita brasileira do cereal.

Mas, e a comida dos animais de produção, como fica?
O frango subiu de preço, mas perde para a valorização da ração formulada com soja e milho.
E ainda houve o impacto da queda do petróleo, que afetou a demanda por carnes do Oriente Médio, grande importador de aves do Brasil.
Os valores ficaram bem defasados diante do dianteiro bovino e da carne suína.
A saída é aumentar os volumes de exportação no ano que vem ou reduzir um pouco a produção.
Isso sem falar no fim do auxílio emergencial pago aos mais pobres no fim deste ano.

A carne bovina vive uma situação um pouco melhor.
A arroba explodiu este ano.
Assim como a valorização dos bezerros, com consequente aparte das fêmeas exclusivamente para reprodução.
O que vai diminuir a oferta para abates.
O enigma vai ser o bezerro caro não encontrar um boi gordo desvalorizado.

E ainda há muitas incertezas na economia para 2021.
O mercado interno pode enfraquecer bastante.
Na carne suína, os embarques devem atingir 1 milhão de toneladas neste ano, um recorde histórico.
Foi a fome da China, maior consumidor mundial, que sofre com as perdas provocadas pela Peste Suína Africana.
Em 2021, o porco brasileiro deve continuar bem.
A produção pode aumentar 5% e as exportações avançarem 40%.
Tomara que só as boas previsões se concretizem.
Ou a maioria delas.

Canal AgroRevenda

 

Papo de Prateleira

 

Newsletter

Receba nossa newsletter semanalmente. Cadastre-se gratuitamente.