3 de outubro de 2024

Publique, Vision Tech e a Tecnologia da Indústria do Amanhã

Vision Tech Summit termina com negócios, práticas de novas tecnologias nas indústrias e mais de 400 profissionais debatendo a modernização das indústria do agronegócio

Integrar os sistemas de Tecnologia da Informação (TI) com sistemas de Tecnologia Operacional (TO). Os sistemas de TI usados para computação centrada em dados e os sistemas TO para monitorar eventos, processos e dispositivos, fazendo ajustes nas operações comerciais e industriais. A proposta marcou a manhã do segundo dia de debates do ‘Vision Tech Summit – Indústria do Amanhã!’, que reúne mais de quatrocentos profissionais ligados a todos os segmentos da indústria brasileira, em um conteúdo dividido em palestras, painéis, sala de inovação e feira de negócios. Conferência de inovação tecnológica voltada para a transformação digital da indústria, organizada pela GVA Hub, formado pela Visão Agro e pela Gatua, empresas com mais de 20 anos de atuação. Com apoio da Plataforma AgroRevenda, do Grupo Publique.

Mas o leque de temas foi bem mais amplo na área do Palco Summit. lnteligência artificial generativa transformando e modernizando o agronegócio; os impactos da reforma tributária na exportação e importação no Brasil (Funcex); planejamento sucessório; transição energética; biotecnologia e inovação industrial. Tudo terminando com a entrega do Prêmio Indústria do Amanhã. Além das apresentações do Palco Inovação, com o ‘Pentagros Day’ que mostrou a prática de projetos já instalados nas empresas, como nos casos da Atvos e Usina São Martinho. Além da apresentação da Pentagro do Futuro, pelo CEO André Lins. Tudo terminou com um momento de bebida e lanches para todos os participantes. “Estávamos muito ansiosos para entregar um evento grandioso, com especialistas e palestrantes de altíssimo nível, prontos para gerar discussões profundas sobre o futuro da tecnologia na indústria”, comemorou Alexandre Ramos (Mahal), CEO da Visão Agro.

O Vision começou no dia 2, nesta quarta-feira, com todos ‘de olho’ na parte final da economia brasileira em 2024, ratificando um ano de crescimento inesperado do Produto Interno Bruto (PIB), juros altos, muito dinheiro injetado pelo Governo Federal, preocupação com a inflação, recuperação da indústria e agronegócio castigado pelo clima, preços baixos dos grãos e enxurrada de dívidas de produtores, distribuidores e empresas fornecedoras. “O desenvolvimento tecnológico precisa entrar cada vez mais dentro das empresas. E, no caso da agroindústria, exige também o investimento em valor agregado nos produtos da porteira para dentro. Nossa economia tem sinais e resultados ambíguos. Se olharmos apenas para a taxa de juros, a gente estava quebrado. O recado para a agroindústria é claro: investir sem parar nas próximas décadas em formação dos colaboradores e novas tecnologias para vender produtos com maior valor agregado. E a fazenda precisa participar desse movimento”, alertou William Orzari, Sócio na FG/A Finanças Corporativas & Gestão Estratégica. A análise foi importante para reforçar outras tendências que orbitam a nossa realidade atual. “Nosso Agro sofreu com a estiagem. Principalmente o setor de açúcar e álcool. Porém, os preços do açúcar estão compensadores. Precisamos é que a indústria faça planejamento. Os juros estão altos, mas vão cair aqui e no mundo. Ela deve projetar os investimentos, pensar nas inovações para quando os melhores momentos chegarem”, sugeriu Alberto Klumb, Economista e Sócio e CEO do Gatua.

Alexandre Reis, Vice-Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) e Diretor da SEW Eurodrive Brasil, indicou que o próprio Governo Federal pode ajudar nessa retomada progressiva. “O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), por exemplo, é um instrumento criticado, mas importante para impulsionar o crédito no país. Ainda mais agora que a indústria voltou a progredir. Temos que tomar as rédeas do avanço”, proclamou.

Foi outro toque dado ao Agro. “Não podemos continuar vendo países vendendo no mercado internacional produtos processados a partir de artigos que produzimos aos montes. Café, cacau, milho, cana. O mercado que realmente nos interessa é a Ásia. Junto com a China, mesmo que ela cresça menos. Essa região vai crescer demais nos próximos trinta anos. E teremos que progredir quatro vezes mais nos próximos vinte anos para atender essa demanda. E a indústria do agro tem muito o que progredir’, reforçou William Orzari.

O Vision Tech Summit é uma plataforma dinâmica e essencial para líderes empresariais, especialistas e profissionais. Com painéis de conteúdo imersivo e uma feira de negócios interativa.  “A nossa visão é expandir as fronteiras do conhecimento e da inovação no setor industrial, fomentando o segmento. Queremos criar um espaço onde as empresas possam se preparar para o futuro, antecipando tendências e aplicando soluções que já estão transformando o cenário global”, indicou Bruno Barros, CEO da GVA Hub.

E 2025? A galera está calma, mas animada. “Os juros devem cair, o câmbio ficar calmo, um ambiente de negócios mais saudável. Estou otimista’, confessou Alberto Klumb. “Nossa frota de máquinas agrícolas está envelhecendo. Com idade média de dez anos. Por isso mesmo temos que pensar em investimentos e ofertar muitos produtos ao mercado”, orientou Alexandre Reis. “A mão do Governo federal é pesada. Funciona para o bem e para o mal. E sabemos que em 2025 ele vai querer avançar em mais impostos e gastar muito dinheiro com os eleitores. Espero que o equilíbrio se traduza em ineligência econômica para o longo prazo”, advertiu William Orzari, fechando o painel ‘Analise Macroeconômica: a indústria no Brasil e no mundo’.

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