13 de dezembro de 2023

Projeto Antecipa AgBiTech detecta avanço da lagarta Rachiplusia nu

De um programa experimental, antes restrito a determinados pontos da fronteira agrícola, o Projeto Antecipa, da AgBiTech Brasil, tornou-se em tempo recorde uma iniciativa permanente e agora em ação nas principais regiões produtoras. Com objetivo de detectar fluxos de mariposas e antecipar estratégias de manejo do produtor ao longo da safra, o sistema é ancorado na instalação de armadilhas, para captura desses insetos, no entorno de lavouras.  “Mariposas são a fase adulta das lagartas. O recurso das armadilhas permite ao produtor definir o melhor momento de controle dessas pragas, antes ainda que elas depositem ovos, se multipliquem no campo e causem danos representativos às lavouras”, explica Gustavo Shiomi, engenheiro agrônomo, gerente de marketing da AgBiTech.

Conforme Shiomi, o Projeto Antecipa coletou, nos últimos dias, mais de 7 mil mariposas na rede de monitoramento. Chama a atenção, e desperta preocupação, ele adianta, a presença da lagarta Rachiplusia nu nos estados de Mato Grosso, Piauí e Tocantins, sobretudo. “Será necessário intensificar o monitoramento e adotar medidas efetivas de controle nessas regiões. É uma espécie ‘nova’, voraz, que ataca lavouras de soja com tecnologia BT e compromete o manejo do produtor”, adverte.

Segundo o agrônomo, tudo indica que essa espécie tem se adaptado a climas cada vez mais quentes, e causado danos em regiões onde, historicamente, ela não trazia problemas. Em Montividiu, no interior goiano, por exemplo, destaca Shiomi, somente uma armadilha para mariposas capturou mais de 500 indivíduos da Rachiplusia nu, em apenas cinco dias.  “Trata-se de uma praga que vem forte no final do ano e muitas vezes surpreende o produtor. É necessário que todos fiquem atentos”, reforça.

Tração na pressão de lagartas
Para o gerente da AgBiTech, no Cerrado e nas regiões mais quentes do país, principalmente, já se evidenciam condições preocupantes em relação a ataques de lagartas. “Temos indicadores que remetem a um cenário de forte pressão de lagartas na safra, em face do alto número de mariposas capturadas nas armadilhas. O produtor pode não estar preparado ou não ter contemplado esse cenário no planejamento, importante alertarmos”, ressalta Shiomi. O pesquisador e consultor Germison Tomquelski, da Desafios Agro (Chapadão-MS), reforça o alerta sobre lagartas. Para ele, o produtor está diante de uma safra marcada por extremos climáticos, agravados pelos efeitos do ‘El Niño’, altamente favorável aos ataques dessas pragas. “Importante ajustar o monitoramento de lavouras e planejar aplicações de produtos, tendo em vista a produtividade e a rentabilidade.”

De acordo com a AgBiTech, o Projeto Antecipa teve início há 60 dias, com seis postos de observação nos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Na época, havia 74 armadilhas posicionadas nessas regiões. Agora, são mais de 700 sistemas de captura. Há instalações estratégicas em áreas da Bahia, do Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Tocantins e outras. Em setembro último, o programa mobilizava oito profissionais, número que saltou para perto de 50 agrônomos, além de envolver 10 empresas de consultoria agrícola. Desde 2002, a AgBiTech fornece produtos consistentes, de alta tecnologia, que ajudam a tornar a agricultura mais rentável e sustentável. A empresa combina experiência a campo com inovação científica. Trabalha com agricultores, consultores e pesquisadores e desenvolve soluções altamente eficazes para manejo de pragas agrícolas. Controlada pelo fundo de Private Equity Paine Schwartz Partners (PSP), a AgBiTech fabrica toda a sua linha de produtos na mais moderna unidade produtora de baculovírus do mundo, em Dallas (Texas, EUA).

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