30 de abril de 2020

Fertiláqua e as mangas fora de época

Consultor há 30 anos, Eduardo Ferraz trouxe dicas para produtores.

A Fertiláqua, um dos maiores grupos de nutrição, fisiologia de plantas e revitalização de solo, tem realizado diariamente transmissões online para debater principais pontos da agricultura e auxiliar os produtores com dicas e orientações que, até então, eram dadas no campo. Um dos temas abordados foi a produção de manga o ano todo na região do Vale do São Francisco, em Petrolina-PE e Juazeiro-BA, com o consultor e especialista em manga há 30 anos, Eduardo Ferraz.

Ele foi um dos responsáveis por iniciar os estudos na região, nos anos 90, quando se atingia no máximo a produção de 15 toneladas por hectare. O trabalho teve como ponto de partida o monitoramento de níveis nutricionais no desenvolvimento da planta. “Anteriormente o nível de informação era baixo e alguns consultores usavam essas referências como base para trabalhos. Para nós, observando o campo, muitos índices deixavam a desejar e precisávamos construir e criar referenciais diferentes para melhorar o nível de desenvolvimento. E foi aí que vimos que o potencial produtivo da cultura poderia ser maior”, explica.

Com o banco de dados inicial, criaram curvas de absorção nas folhas e frutos e fizeram ajustes e modificações no fornecimento de elementos minerais e sua distribuição nas fases fenológicas da cultura. O objetivo foi entender a quantidade necessária de nutrientes minerais demandados por cada fase. O segundo trabalho de mapeamento para chegar a níveis altos de produtividade foi em relação ao controle hormonal da planta para descobrir a resposta em questões prioritárias como o florescimento. Até então, se sabia que a planta respondia melhor na época de frio, entre maio e julho. E como o desafio era produzir o ano todo, era necessário entender o equilíbrio hormonal e saber como manejá-lo.

Outro ponto de destaque no estudo foi sobre a arquitetura da copa. Com a taça aberta, modelo utilizado na época, havia sombreamento das laterais da planta, menos fotossíntese, perda de vigor vegetativo e, posteriormente, começava a morrer. Quando foi invertido o sentido da poda para uma arquitetura trapezoidal, com faces mais expostas a luz, observou-se o aumento na reserva de carboidrato, isto é, energia. A diferença do nível de carboidrato total foi de 5 a 12% (taça aberta) para ate 23% (trapezoidal). “Percebi que não era só a parte mineral que influenciava o potencial produtivo, mas também como a planta produzia e acumulava os carboidratos para produção dos frutos”, esclarece.

Durante o desenvolvimento da planta, o carboidrato é utilizado de diversas maneiras, como no combate ao estresse. Ele é produzido por fotossíntese, armazenado nas folhas, brotos e raízes como amido, e quando a planta necessita, é transformado em sacarose e usado como fonte de energia. “Estresses fazem a planta perder muita reserva. O que fizemos foi atenuar estes estresses e aí notamos que acumulou carboidrato para o outro ciclo, sendo possível manter níveis bons de brotação, floração e frutificação”.

Segundo o consultor, enxergar o que planta está mostrando é a chave do sucesso. “Poder entender e se antecipar a problemas impacta no aumento da produtividade. E para chegar a resultados excelentes, tem que analisar esse conjunto de fatores e manejá-los de forma sincronizada, pois cada componente de produção tem sua importância”, afirma. A cultura da manga, considerada bianual na literatura, vem sendo produzida há anos durante o ano todo em regiões como o Vale do São Francisco. “Quebramos esse paradigma e mostramos que é possível ter uma produção fora da época apenas tradicional, basta utilizar soluções e manejo correto. Hoje, trabalhamos com 50 a 58 toneladas por hectare e enxergamos na região o potencial de chegar em até 80 toneladas por hectare. Continuamos trabalhando para atingir esse patamar”, conclui.

Para participar das próximas lives, que acontecem de segunda a sexta-feira, às 19 horas, basta acessar o perfil da Fertiláqua no Instagram: @fertilaqua. As lives também ficam disponíveis no canal do Youtube youtube.com/fertilaquaoficial. E mais informações sobre os programas da companhia no website: http://fertilaqua.com/.

Sobre o Grupo Fertiláqua
Um dos maiores grupos de nutrição, fisiologia de plantas e revitalização de solo, a empresa Fertiláqua atua por meio das marcas Aminoagro, Dimicron e Maximus, a linha Longevus no segmento de cana-de-açúcar, e a linha Golden Seeds para sementeiras e produtores de sementes. A companhia pertence ao fundo de investimento Aqua Capital. Com mais de 300 colaboradores e presença em todo o Brasil, e em outros países da América Latina, a empresa investe em pesquisa, tecnologia e inovação. A Fertiláqua conta com a sede administrativa em Indaiatuba/SP, fábricas em Cidade Ocidental/GO e Cruz Alta/RS, um centro de distribuição em Cuiabá/MT, dois Laboratórios de Análise de Sementes (LAS) e dois Centros de Inovação Tecnológica (CIT). O grupo disponibiliza uma iniciativa pioneira, o Programa Construindo Plantas (PCP), com ações específicas em cada fase das culturas, do plantio à colheita, para potencializar o desenvolvimento de plantas mais eficientes, e um solo com melhores qualidades físicas, químicas e biológicas, buscando com isso sistemas com maiores potenciais produtivos e consequentemente rentabilidade. Com o objetivo de reconhecer a qualidade das sementes de soja no mercado brasileiro, foi criado pelo grupo o selo Sementes de Verdade.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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