29 de maio de 2022

Estudo da AgBiTech aponta menos emissões com uso de baculovírus

Um estudo preliminar conduzido nos Estados Unidos, pela companhia de origem australo-americana AgBiTech, mostrou que o manejo biológico de lagartas por meio de baculovírus reduz as emissões de carbono em até 50%, na comparação aos defensivos químicos tradicionais. “Chegamos a 51% de redução de carbono quando comparamos nosso produto com um agroquímico, isoladamente. Já o uso combinado de baculovírus e químicos também baixou as emissões, na faixa de 35%”, destaca Adrian Lywood, diretor de manufatura e processos de inovação da AgBiTech nos EUA.

De acordo com Lywood, a pesquisa comparou baculovírus e químicos em diferentes tratamentos para controle de lagartas na cultura da sojaOs principais ingredientes ativos químicos, empregados isoladamente ou alternadamente aos produtos biológicos, foram clorantriniliprole, methomyl, benzoato, lufenuron, espinetoran, meloxifenozida e clorfenapyr. Lywoood adianta que, para chegar aos resultados relativos às reduções de emissões, a pesquisa também teve como variáveis de influência a produção de matérias-primas e seu transporte a partir de fábricas, além do consumo de água e de eletricidade nas fabricações de produtos e aplicações a campo. Pesaram ainda tratamentos de efluentes em unidades de químicos e biológicos, entre outros fatores que serão divulgados na conclusão do trabalho.

“Baculovírus não deixam resíduos no campo, não danificam o solo, preservam organismos benéficos e inimigos naturais de pragas. O processo de produção dos baculovírus é significativamente menos prejudicial ao meio ambiente”, acrescenta o executivo. “Vale ressaltar que os biológicos reduzem as emissões de gases estufa desde a fabricação. Isso beneficia produtores rurais em todo o mundo. São produtos confiáveis e sustentáveis na conservação da sanidade de lavouras”, finaliza Adrian Lywood.

Sustentabilidade e crédito rural
Para o diretor de negócios da AgBiTech Brasil, engenheiro agrônomo Murilo Moreira, as avaliações de desempenho socioambiental em áreas produtivas do agronegócio local e global tendem a se consolidar de agora aos próximos anos. “Sustentabilidade será em pouco tempo um aspecto decisivo, central, para viabilizar negócios no setor, inclusive a comercialização de colheitas e a obtenção de financiamentos pelos produtores.”

Em 2021, por sinal, a agfintech Traive participou de uma emissão no mercado de capitais no valor de R$ 63,7 milhões, concedida a um grupo de sete produtores de soja, milho e algodão na forma de CRA – Certificados de Recebíveis do Agronegócio. Chamada de “CRA Verde”, foi a primeira operação do gênero certificada pela CBI – Climate Bond Initiative – no mundo e exigiu, como contrapartida dos agricultores beneficiados, o compromisso de não desmatar e o de preservar matas ciliares em áreas de preservação permanente (APPs), entre outras exigências socioambientais.

O diretor da Traive Brasil, Maurício Fragata Quintella, ressalta que o conceito de ‘compliance ambiental’ chegou para ficar. Conforme Quintella, no futuro próximo as análises de crédito ao produtor deverão contemplar, ainda, métricas como a retenção de carbono do solo e a otimização do uso de insumos de matriz química.

 Desde 2002, a AgBiTech fornece produtos consistentes, de alta tecnologia, que ajudam a tornar a agricultura mais rentável e sustentável. A empresa combina experiência a campo com inovação científica. Trabalha com agricultores, consultores e pesquisadores e desenvolve soluções altamente eficazes para manejo de pragas agrícolas. Controlada pelo fundo de Private Equity Paine Schwartz Partners (PSP), a AgBiTech fabrica toda a sua linha de produtos na mais moderna unidade produtora de baculovírus do mundo, em Dallas (Texas, EUA).

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