10 de maio de 2024

Brinco de identificação é chave em programa de bem-estar animal

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo apresentou recentemente um novo modelo de identificação de vacinação contra brucelose ao setor pecuário, a fim de reduzir a marcação a fogo e incentivar o uso dos identificadores. A alternativa reforça o bem-estar animal na cadeia produtiva, com menos dor e mais segurança e agilidade. Para que a adesão a essa tecnologia seja efetiva, profissionais da MSD Saúde Animal, empresa que incorporou a Allflex, com uma das fábricas mais modernas de produção de identificadores, explicam os diferentes tipos de identificação e os seus ganhos ao setor.

O primeiro ponto é entender que a identificação animal é o passo inicial que qualquer propriedade tem que dar para garantir uma gestão assertiva, entendendo de fato o rebanho e os pontos que pode ajustar. É o que pontua Luciano Lobo, gerente de desenvolvimento da unidade de negócios de Ruminantes da MSD Saúde Animal. “Tudo começa com a identificação, uma vez que ao identificar o animal você se propõe a entender o que acontece com ele, com o rebanho como um todo, com as categorias, entre outros pontos. Afinal, é medindo, individualizando e tendo a análise do histórico que é possível aplicar as melhores práticas de manejo, definir quais tecnologias usar e corrigir rotas.”

Os melhores resultados, inclusive, são provenientes de propriedades que conhecem melhor o rebanho, com medições precisas, e os identificadores trazem essa facilidade. “Além da parte de manejo e gestão, tem a questão de mercado, de ter uma melhor transparência nos processos. É a identificação individual que vai mostrar lá fora que temos o controle da cadeia”, destaca Luciano.

A identificação é para todos os produtores, dos pequenos aos grandes. É uma tecnologia que incrementa o manejo e que pode ser adaptada conforme a necessidade do rebanho, e existem várias maneiras de identificar. O gerente de desenvolvimento da unidade de negócios de Ruminantes explica: “Pode começar pela identificação visual e evoluir para a eletrônica. Se a pessoa tem a opção de ter um software, ótimo, mas os identificadores podem ser conduzidos por meio de uma planilha de Excel. É uma tecnologia democrática e nós, da MSD Saúde Animal, atuamos justamente para ampliar esse acesso, mostrando as facilidades dessa solução”.

Caso a dúvida seja se é possível fazer uma boa identificação só com os visuais, Luciano ressalta que sim. “A gente pode adaptar cor diferente para determinar o manejo por categoria, por exemplo; alguns podem ter código de barra e outros vêm em branco e pode acrescentar as informações do animal de forma manual. Os manejadores vão tomando nota e lançando os dados. Os identificadores visuais já são de grande contribuição para os produtores.”

Depois é válido avançar para o identificador eletrônico, com leitura digital. “É o que tem de mais preciso nesse mercado, e pode facilitar muito o manejo nas fazendas. Estão de acordo com normas globais ISO e podem se adequar a um programa de rastreabilidade oficial extremamente rigoroso, já que alguns brincos são invioláveis”, orienta o profissional.

Dados precisos e valiosos – Thatiane Kievitsbosch, gerente de produto de soluções tecnológicas da unidade de negócios de Ruminantes da MSD Saúde Animal, é precisa ao afirmar que “só conseguimos mudar o rumo de alguma coisa se a gente conhece verdadeiramente algo e pode reconhecer os erros”, cenário esse que é possibilitado pela identificação, por meio dos dados que são gerados.

Informações valiosas, que fazem o uso de identificadores ir além do controle sanitário, promovendo garantias socioambientais. “Além da questão sanitária e da gestão dentro da propriedade, a solução traz a dimensão ambiental, de garantir que está em conformidade com as exigências globais e que não está prejudicando o ambiente. Traz a possibilidade de acelerar a produtividade e diminuir o impacto ambiental”, diz Thatiane.

É uma tecnologia que promove a capacidade de precisão da propriedade, facilitando a gestão e a vida dos trabalhadores, aumentando a sanidade e o bem-estar dos animais e minimizando erros. “Conseguimos entender o ganho de peso individual de cada animal, o medicamento utilizado em cada um, data de entrada e saída no rebanho, informações genéticas, enfim, as facilidades são muitas. A partir do momento que você otimiza o tempo e faz os manejos mais rápidos, o animal fica menos tempo contido, menos estressado, e o ambiente fica mais seguro para todos. A identificação tem um custo muito pequeno comparado ao custo de produção total e aos benefícios que promove”, ressalta a gerente.

Ao introduzir a identificação, seja da mais simples até a mais avançada, os impactos positivos são imensos. Luciano complementa: “O que ela traz, a transparência que permite e o que se pode ganhar com os dados são pontos que deixam o sistema lucrativo e, ao mesmo tempo, com mais respeito aos animais, ao mercado e ao meio ambiente”.

Quando se usa o identificador, o manejo torna-se mais rápido, o que diminui contusão de carcaça e o estresse e dor dos animais por conta de práticas desnecessárias, e gera maior rendimento no final. Identificar um animal significa ter acesso a dados necessários para gerenciar de forma sustentável a vida de cada um, bem como de um rebanho todo, elevando o patamar das decisões sanitárias, produtivas e comerciais.

Por isso, o uso da solução vem crescendo. A nova diretriz para identificação da vacina de brucelose, uma zoonose presente no mundo todo e que causa prejuízos importantes à pecuária, é mais um marco no avanço dessa tecnologia e que traz diversos ganhos ao setor.

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